Integrantes da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do Hospital Santa Cruz (HSC) participam, nesta semana, de eventos alusivos ao Setembro Verde, mês dedicado a ações de conscientização sobre o tema. Na tarde desta segunda-feira, 27, Dia Nacional de Doação de Órgãos, os enfermeiros Anderson Barreto de Moraes e Fernanda da Cunha Salvi vão ministrar uma palestra na Japan Tobacco International (JTI) a convite da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), do Programa Voluntários do Bem e do Serviço de Saúde da empresa.
Nesta quarta-feira, 29, Fernanda irá falar sobre abordagem familiar em evento organizado pela Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul. A atividade será realizada no Sindicato dos Metalúrgicos em dois momentos, com a primeira turma das 10 horas às 12 horas e, a segunda, das 15 horas às 17 horas. Também foram convidadas a médica auditora da Secretaria, Flávia Morales, que por muitos anos atuou na Central de Transplantes de Porto Alegre, e a assistente social Clarissa Folle, com experiência de 20 anos na área de transplantes da Santa Casa de Misericórdia.
A Cihdott do Hospital Santa Cruz gerencia todo o processo de doação e captação de órgãos e tecidos na Instituição, sendo responsável por viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, conforme Resolução do Conselho Federal de Medicina, realizar a abordagem e prestar esclarecimentos aos familiares sobre o potencial doador. A captação dos órgãos – exceto as córneas, após aceitação da família, é realizada por uma equipe especializada da Central de Transplantes do Estado.
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Criada há 18 anos, a comissão é formada por uma equipe multidisciplinar que desenvolve ações educativas e de conscientização sobre o funcionamento do programa e a importância do gesto de doar. O objetivo é estimular as famílias a conversarem abertamente sobre o assunto, bem como a quebra de mitos e tabus referentes à doação de órgãos e tecidos.
Algumas dúvidas comuns em relação à doação de órgãos:
1) Quero ser um doador de órgãos, o que devo fazer?
Você precisa conversar com sua família e deixar claro o seu desejo de ser doador, porque é ela quem irá decidir sobre a doação dos órgãos. Compartilhe com sua família o seu desejo.
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2) Quais tipos de doadores existem?
Existem dois tipos de doadores. a) Doador vivo: pessoa saudável, que concorde com a doação e que faça isso de forma voluntária e altruísta. Este doador pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Perante a legislação, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. b) Doador falecido: são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, que se encontram internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou emergência.
3) O que é morte encefálica?
É a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha as funções como o controle dos órgãos vitais. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo, pois não há circulação sanguínea no cérebro.
4) Morte encefálica é o mesmo que coma?
A morte encefálica é diferente do coma. No coma, as células cerebrais continuam vivas, executando suas funções. Na morte encefálica, as células nervosas estão sendo rapidamente destruídas, sendo este processo irreversível.
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5) Após a doação dos órgãos a aparência do corpo muda?
A retirada dos órgãos é realizada por profissionais altamente capacitados e, como em qualquer outra cirurgia, a região do corpo onde foi realizado o procedimento é coberta por curativo, não havendo mudança da aparência.
6) Quem recebe os órgãos doados?
Pacientes que aguardam o transplante de órgãos em lista única, regulada pela Central de Transplantes do Estado.
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