O tempo é implacável. Com todos e com tudo. Frequentemente me pego fazendo uma espécie de balanço de vida, uma retrospectiva.
Quando tinha 20 anos de idade tentava imaginar o que estaria fazendo aos 58 anos, minha idade atual. Confesso que algumas expectativas foram frustradas, mas outras foram até superadas, resultado de muito esforço e dedicação.
Achei que neste verão estaria numa praia, no litoral gaúcho ou nordestino, entre dezembro e março, em uma casa própria. No mundo real, porém, são diversos verões sem férias, embora em 2018 tenha ficado dez dias em Capão Novo, foi uma exceção.
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Agora, um emprego novo e um ânimo de início de carreira minimizaram a frustração dos 40 graus de Porto Alegre. Fazer o “bate-volta” para a praia está fora dos meus planos e do meu orçamento. É muito estresse.
Outra novidade deste ano é a formatura do meu filho mais novo, Henrique, 23 anos, no dia 26 de janeiro. Cursou jornalismo, já trabalha no ramo e é vocacionado para a profissão. Será uma caminhada dura, superada com determinação e competência.
Há 30 anos me imaginei aposentado. A realidade, no entanto, mostra que há menos de um ano entrei com o processo junto ao INSS depois de uma correria maluca atrás de certidões e de um emaranhado de comprovantes.
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Felizmente parece que tudo está nos conformes, mas o pedido ainda não foi deferido. Portanto, como diriam os locutores de rádio de antigamente… “reina grande expectativa” até o martelo ser batido.
Outra meta distante da execução é a redução de despesas. Há décadas sonhava ter, às vésperas dos 60 anos, poucos gastos fixos e de baixo custo, mas a falta de planejamento impediu que isso acontecesse.
Muitas vezes corri atrás de propostas para garantir uma renda extra neste período da “melhor idade”, como uma poupança mensal, através de uma alternativa de previdência privada. Apesar da preocupação, nunca levei adiante a ideia que ficou apenas na intenção. Confesso que me arrependo muito porque me garantiria uma velhice mais sossegada, com menos pressão no mercado de trabalho.
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É difícil fazer um balanço isento de vida. Toda análise depende do momento. Às vezes, em dias de baixo astral, considero minha trajetória um sucessão de fracassos.
Noutros dias, orgulho-me das realizações e avanços, mas a falta de momentos de lazer descompromissado me incomoda. Especialmente nesta época de veraneio, férias e viagens.
Resta, entre lucros e perdas, curtir a vida e fazer dos erros uma limonada. Bem gelada!
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