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PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Dnit aguarda projeto para recuperar edificações da antiga estação férrea em Rio Pardo

Dnit aguarda projeto para recuperar edificações da antiga estação férrea em Rio Pardo

Estrutura está abandonada desde 2017 e sofreu depredação. Incêndio em 2020 destruiu o pavimento superior do prédio principal

Uma pequena luz se acendeu no fim do túnel na luta pela recuperação e pela preservação da estação férrea de Rio Pardo. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) aguarda o resultado do trabalho de elaboração do projeto para restauração dos imóveis contratado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para iniciar as tratativas para licitar a execução da obra, após detalhamento e orçamento do plano.

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A expectativa de conclusão do projeto, conforme aditivo em andamento, é em 26 de maio deste ano. Cabe ao Iphan a elaboração do plano para restauração dos imóveis, que são valorados, e ao Dnit a execução das obras. Quanto à posterior destinação das edificações, a assessoria do Dnit informou que o Município de Rio Pardo manifestou interesse na cessão dos imóveis, após a conclusão dos trabalhos de restauro. O departamento está em tratativas com a Prefeitura e aguarda o encaminhamento da documentação necessária para a formalização da cessão de uso gratuito dos imóveis.

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A assessoria do Iphan informou à Gazeta do Sul que o trabalho se encontra na fase de projeto executivo, e foram entregues o plano arquitetônico e complementares, restando ainda a disponibilização do orçamento detalhado. Ainda conforme o instituto, os projetos complementares, em especial o estrutural, foram enviados ao Dnit para que faça sua análise.

O projeto arquitetônico e complementares são realizados pela empresa TS2 Arquitetura e Construções Ltda. Atualmente o Iphan aguarda a entrega, pela contratada, do orçamento detalhado, e a análise por parte do Dnit dos planos complementares, para concluir a fase de projeto. Conforme informação do instituto, a expectativa é de que isso aconteça ainda no primeiro trimestre de 2024. Após essa fase, os projetos estarão aptos para contratação de empresa para execução das obras de restauro, sob a responsabilidade do Dnit.

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No início de outubro de 2022, as arquitetas Tathyane Sangalli e Fernanda Gonçalves, da empresa TS2 Arquitetura e Construções Ltda., de Campo Grande (MS), realizaram um estudo técnico na antiga Estação Ferroviária e no antigo Armazém de Rio Pardo, localizados na Praça Arthur Rezende, no Bairro São João, com um levantamento sobre as condições atuais de cada prédio. Já em relação à Estação Férrea de Ramiz Galvão, a restauração havia sido suspensa pela Justiça. Em 14 de julho de 2022, o desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), suspendeu liminarmente sentença que determinava ao Iphan a restauração, em um ano e meio, do prédio.

Imóvel faz parte da lista do patrimônio cultural ferroviário

A Estação Ferroviária Rio Pardo foi incluída pelo Iphan na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário em 2007 e tombada pelo Município de Rio Pardo em 2005. Desde a desocupação pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, em 2017, a edificação histórica encontra-se abandonada. Em abril de 2020, um incêndio atingiu o imóvel e destruiu o pavimento superior.

No final de 2021, o Ministério Público Federal (MPF), por meio de ação civil pública, obteve sentença favorável para a preservação da Estação Férrea de Rio Pardo. A decisão determinou que o Iphan elabore um projeto de restauração da edificação e do armazém anexo. Depois disso, a execução das obras, custeadas pela União, caberia ao Dnit e ao Município de Rio Pardo.

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Até o fim de 2016, o prédio era utilizado pela banda municipal, que teve de desocupar o local após o encerramento da concessão do Dnit à Prefeitura. Desde então, a antiga estação ficou abandonada e foi tomada por desabrigados e usuários de drogas. A ação do tempo e dos vândalos, bem como a falta de manutenção, resultou em um incêndio que destruiu o telhado e o terceiro andar. Desde então, a estrutura está abandonada.

A estação de Rio Pardo foi inaugurada em 1883 pela Viação Férrea do Rio Grande do Sul e fazia parte do trajeto que ia de Porto Alegre a Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Funcionou até 1996, quando os trens de passageiros pararam de operar no Estado. Em 2005, a América Latina Logística (ALL), então concessionária da rede ferroviária, investiu quase R$ 83 mil na reforma da edificação, com uma contrapartida de R$ 3,2 mil da Prefeitura. Outra melhoria foi feita em 2009, quando o prédio foi preparado para receber a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, que permaneceu no local até 2014.

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Prefeitura manifestou interesse na cessão da estrutura após a execução do restauro

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