A dívida com hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul chega a R$ 341 milhões. Segundo a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul, programas efetuados nos meses de agosto, setembro e outubro alcançam o montante de R$ 210 milhões em aberto e sem previsão de pagamento. Os recursos, somados aos R$ 131 milhões devidos pelo Ipe Saúde, deixam o final de ano caótico para a saúde do Estado.
Em Santa Cruz do Sul, a Prefeitura autorizou o Hospital Santa Cruz a suspender as cirurgias eletivas, a maioria na área de traumatologia. As de alta complexidade estão mantidas, bem como as cerca de 50 eletivas que já estão marcadas. O Hospital Ana Nery também sofre com a falta de recursos, mas por enquanto mantém as atividades normalmente.
Levantamento feito pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul indica que os números de restrições no atendimento aumentaram. Hospitais de Agudo, Boa Vista do Buricá, Camaquã, Canguçu, Canoas, Cerro Largo, Cruz Alta, Dom Feliciano, Encruzilhada do Sul, Ijuí, Itaqui, Montenegro, Panambi, Pedro Osório, Pelotas, Piratini, Planalto, Rio Grande, Rosário do Sul, Santana do Livramento, São Lourenço do Sul, Soledade, Taquara, Teutônia, Uruguaiana e Vacaria já estão com redução no atendimento ou irão reduzir a partir da próxima segunda-feira, 3.
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Outra preocupação da rede é o pagamento do 13º salário. Segundo a Federação, 65% das Casas de Saúde admitem que não conseguiram cumprir com essa obrigação e a maioria que efetivou esse pagamento (80%) recorreu a empréstimo bancário. Também nesse levantamento, 35% dos hospitais indicaram que estão com salários atrasados. Até o momento nenhum calendário de pagamento foi informado pelo Governo do Estado e Ipe Saúde, o que impede um planejamento no fluxo de caixa dos hospitais.
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