Diferentemente do que muitos pensam, a disfunção erétil ou impotência sexual é cada vez mais comum entre homens de diferentes idades no Brasil e no mundo. O último estudo realizado acerca dessa condição no País estimou que em torno de 50% dos brasileiros acima de 40 anos tenham algum nível de disfunção, o que corresponde a aproximadamente 16 milhões de indivíduos. Por isso, muitos serviços de saúde sugerem que o rastreamento da impotência sexual faça parte da avaliação de rotina da saúde do homem.
A boa notícia é que existem tratamentos efetivos, mesmo para os casos de homens que falham embora já estejam usando medicamentos. Mas, para tanto, é preciso fazer um diagnóstico e conhecer as causas do problema. O médico urologista Eduardo Bauer Gröhs explica que o seu diagnóstico é majoritariamente clínico e exige uma entrevista minuciosa sobre como a impotência teve início, em quais situações ela se manifesta e outros sintomas físicos e mentais relacionados. Exames complementares deverão ser solicitados conforme cada caso para a identificação das possíveis causas.
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Gröhs ressalta que existem basicamente dois tipos de disfunção: as orgânicas e psicogênicas, que geralmente estão interligadas. Em relação às causas psicológicas, ele destaca que em geral são recentes e não estão associadas a fatores orgânicos. “Muitas vezes é intermitente, acontecendo em algumas situações, com determinadas parceiras ou em determinados locais. Muitos dos homens referem masturbações normais, mas não conseguem ereção satisfatória na relação sexual”, diz.
Já as orgânicas costumam vir de mais tempo, com a qualidade da rigidez diminuindo ao longo dos meses e anos. “Em geral, é proveniente de alterações vasculares (artérias e veias) do pênis, modificações na inervação do pênis ou ainda fatores endocrinológicos (homens com disfunção erétil devem sempre fazer a dosagem da testosterona). Pode ser também devido a algumas doenças locais no pênis, como o aparecimento de fibroses e/ou curvaturas (Doença de Peyronie)”, completa o urologista.
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Como prevenir
A prevenção da disfunção erétil se dá por meio da identificação de suas possíveis causas. Portanto, o estilo de vida saudável, pautado na prática regular de atividades físicas e em uma alimentação balanceada, não só previne a impotência sexual, como auxilia no seu tratamento. Outras práticas importantes para isso incluem:
- não fumar;
- não abusar de substâncias tóxicas como álcool ou outras drogas;
- evitar sobrepeso e obesidade;
- reduzir consumo de açúcares;
- buscar formas de reduzir o estresse e/ou ansiedade;
- incluir o parceiro na escolha do tratamento e entendimento do problema.
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Diagnóstico
Antes de qualquer tratamento, é preciso fazer o diagnóstico da disfunção erétil. Atualmente, o grande aliado para isso é o ecodoppler de vasos penianos com ereção fármaco-induzida. Nesse exame, o urologista pode avaliar as condições das artérias cavernosas. Elas são responsáveis pela entrada de sangue nos corpos cavernosos e consequentemente provocam a ereção. “Ao realizar o exame de forma adequada, podemos identificar as causas principais de impotência sexual e descartar outras causas que o exame mostra com bastante propriedade. Também muito útil para avaliar as curvaturas penianas e os casos de ‘fuga venosa’”, explica o médico.
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Gröhs acrescenta que existem outras indicações para fazer esse exame e definir as melhores formas de tratamento. Confira abaixo.
- Disfunção erétil psicogênica: pacientes que precisam descartar problemas orgânicos.
- Avaliação de risco cardiovascular.
- Doença de Peyronie: curvatura peniana e calcificações no corpo cavernoso.
- Alta suspeita de fuga venosa: que impede que o sangue permaneça dentro dos corpos cavernosos durante a ereção, levando à flacidez.
- Falhas no tratamento com outras opções.
Tratamento
De acordo com o médico, atualmente a disfunção erétil é sempre tratável, mas o tratamento deve ser individualizado para cada paciente. Existem medicamentos que facilitam o fluxo sanguíneo para o interior do pênis. Alguns podem ser usados diariamente, antes da relação sexual, ou serem administrados pelo paciente por meio de injeção. Ainda há casos em que pode se recorrer ao implante de prótese peniana, que é capaz de trazer resultados satisfatórios.
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