Diretora da Ernesto Alves fala sobre destino dos exemplares entregues à escola; veja

Ainda não foi definido o futuro dos mais de 200 exemplares da obra literária O avesso da pele destinados à Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira, que selecionou o material por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) em novembro de 2022, durante o governo Bolsonaro. Conforme a diretora da Ernesto Alves, Janaína Venzon, a previsão era que os alunos do primeiro ano trabalhassem a obra no terceiro trimestre. “Ele não seria entregue agora. No momento, nós não iremos trabalhar, até porque também não faz parte do planejamento para o primeiro e o segundo trimestres”, enfatizou.

Porém, até lá, Janaína e um grupo de pais dos estudantes pretendem se reunir com a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, para que as cópias não sejam distribuídas. “É para ela ouvir nosso lado e a nossa justificativa na questão de que esse livro é inadequado para ser trabalhado em sala de aula”, afirmou.

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A diretora garantiu que, caso a secretaria determine que o livro seja utilizado, a escola vai buscar uma forma diferenciada para aproveitá-lo com os estudantes. Destacou que a decisão dos familiares é “soberana”, porque eles são responsáveis pelos menores. “Até o terceiro trimestre, os pais vão estar engajados na questão de não utilizá-lo para trabalho com o primeiro ano.” Além disso, afirmou que a escola abordará o tema central do livro, o antirracismo, no decorrer do ano letivo.

Enquanto os exemplares não forem trabalhados em sala de aula, eles ficarão na biblioteca, conforme ordem da Secretaria Estadual da Educação. Uma cópia estará disponível em breve para os estudantes que desejarem ler o romance. No entanto, ele precisa ser catalogado em breve. “Abrimos para retirada de livros sempre na segunda quinzena de março. Mas tudo depende de como será a entrega dos livros didáticos”, explicou.

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