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PREOCUPAÇÃO

Diretor-geral da OMS fala em ‘ressurgimento global’ da dengue

Foto: Agência Brasil

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom esteve no Brasil na última semana | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou, na última quarta-feira, 7, que o surto de dengue visto no Brasil é parte de um grande aumento em escala global. Adhanom parabenizou o Brasil pela resposta à doença e por inserir a vacina contra a dengue no país, e disse que a organização pretende auxiliar no processo de desenvolvimento de imunizantes. O diretor da OMS esteve no Brasil na última semana e se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira, 5.

“Existe um surto global, a OMS está recebendo relatórios de 80 países em todas cinco regiões, exceto a Europa. Existe um ressurgimento global da dengue, e achamos que isso tem a ver com a mudança climática”, afirmou o diretor-geral da OMS.

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Adhanom afirmou que o Brasil tem feito o melhor para conter a doença e mencionou a necessidade de aumentar a produção de vacinas. Ele citou o protagonismo brasileiro na produção de vacinas contra a Covid-19, reforçando que o país é fundamental na promoção do acesso a imunizantes por países mais pobres.

“O Brasil está fazendo o melhor que pode. O foco é no controle de vetores, mas há também vacinas produzidas pelo Brasil. É claro que o volume da produção precisa aumentar, mas, com o trabalho que está sendo desenvolvido no momento, acho que a dengue vai estar sob controle em breve”, disse, complementando:

“O Brasil é um dos países que está trabalhando na produção local (de vacinas). Isso é bom para o Brasil , mas é bom principalmente para países de renda baixa e média.”

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Tedros Adhanom mencionou instituições científicas importantes do país, como o Instituto Butantan e a Fiocruz. Ele afirmou que a OMS tem trabalhado em uma parceria com o Butantan “com vistas a explorar uma nova via de colaboração para acelerar a produção local de novas vacinas avançadas aqui no Brasil.”

Na última segunda-feira, 5, o diretor-geral da OMS se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Na ocasião, Adhanom mencionou a possibilidade de o Brasil ser fornecedor de vacinas contra dengue. Atualmente, o Instituto Butantan está em fase final de desenvolvimento do imunizante. A única vacina aprovada no Brasil contra a doença até o momento é a Qdenga, do laboratório Takeda.

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O Brasil tem vivido uma alta no número de casos de dengue desde o final do ano passado. Somente em 2024, o Brasil acumula 408.351 casos prováveis da doença e 62 mortes. Na terça-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento em rede nacional para convocar a população a auxiliar no combate e na prevenção à dengue.

Durante coletiva de imprensa, Nísia afirmou que descarta, no momento, um decreto de emergência nacional.

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“Nós estamos com uma coordenação das operações de emergência já instaurado desde sábado. Neste momento, essa é a estratégia do ponto de vista nacional que consideramos adequada. Temos que ver que, em um país com as dimensões do Brasil, e com diferenças socioambientais, regimes de chuva, nesse momento não faz sentido (decretar) uma emergência nacional. O que não quer dizer que não estejamos em estado de alerta de preocupação nacional”, disse.

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