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Diretor do Colégio Mauá participa de missão educacional na Estônia e na Finlândia

Comitiva organizada pela Fenep conheceu instituições nas cidades de Helsinque e Talín, as respectivas capitais da Finlândia e Estônia

O diretor do Colégio Mauá, Nestor Raschen, esteve em dois países da Europa na segunda quinzena de setembro deste ano. Ele integrou uma comitiva organizada pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) em uma viagem à Estônia e à Finlândia, países que se destacam por seus avançados indicadores na educação. Os 20 representantes de escolas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro foram conhecer como funciona o sistema educacional daqueles países e buscar experiência para desenvolver ações nas instituições brasileiras.

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O primeiro ponto destacado por Raschen diz respeito ao rápido avanço da Estônia. Em 1991, após a dissolução da União Soviética, o país de apenas 1,4 milhão de habitantes encontrava-se em uma situação de estagnação e dificuldade econômica. “Eles perceberam a necessidade de mobilização e investimento fortes para se sobressair, e decidiram fazer isso com a educação e com a tecnologia.” Hoje, a grande maioria das instituições é pública e oferece ensino e estrutura de ponta gratuitamente para toda a população.

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Para tanto, os professores precisam fazer uma formação continuada de, no mínimo, sete anos. Esse período inclui três anos de graduação, dois anos de mestrado e mais dois anos de especialização na disciplina que o profissional vai lecionar. Além disso, recebem incentivos para continuar estudando e se atualizando.

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“Os próprios diretores das escolas cobram e a comunidade, por meio de conselhos, também pressiona por um bom desempenho dos alunos e das instituições”, conta. “Mesmo sendo funcionário público, não existe estabilidade. Se não fizer um bom trabalho, pode ser afastado.”

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Além da excelência das matérias no currículo tradicional das salas de aula, os estudantes aprendem outros ofícios, como gastronomia, marcenaria e corte e costura. Isso porque, explica Raschen, a Estônia enfrenta um inverno rigoroso durante a metade do ano, com muitos períodos em que a neve torna impossível até mesmo sair de casa.

“As pessoas precisam saber fazer as coisas básicas para sobreviver, então a escola também ensina essa cultura do ‘faça você mesmo’.” Além disso, contratar alguém para executar esses serviços costuma ser muito caro.

Como implementar essas ideias no Brasil

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Depois do que viu tanto na Estônia como na Finlândia, não apenas no âmbito educacional mas também no que diz respeito à sociedade daquelas duas nações, Nestor Raschen é mais um a reforçar que o desenvolvimento de um país parte da educação do seu povo. “O desenvolvimento de uma nação vem onde os propósitos da educação são manifestos e sempre cobrados.” Nesse sentido, cita que o Brasil precisa decidir qual rumo pretende tomar e começar a investir o quanto antes, sob pena de ficar cada vez mais para trás.

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Como ponto positivo do que já está sendo feito, lembrou o programa de formação de professores desenvolvido entre o governo do Rio Grande do Sul e as universidades comunitárias, que oferecerá bolsas e outros incentivos para alunos ingressarem nos cursos de licenciatura. Porém, a indefinição do governo federal e as inúmeras reformas do Ensino Médio nas últimas décadas são vistas como empecilho. “A educação precisa ser uma política de Estado, não de governo. O trabalho precisa ser contínuo e aprimorado independentemente de quem estiver no poder”, afirma.

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Tudo o que relatou aos jornalistas, Raschen afirma que também transmitirá aos responsáveis pela educação em Santa Cruz e região que estiverem interessados em ouvir. Segundo ele, as experiências positivas precisam ser compartilhadas e, quando o assunto é educação, o conhecimento e as boas práticas não podem ser tratados como exclusividade de um município ou instituição.

Educar-se está comprometida com diversos objetivos da Agenda 2030 da ONU

A Escola Educar-se, representada pela diretora Cristiane Iserhard Machado, também participou da missão educacional na Estônia e Finlândia. A Estônia, classificada como líder na Europa em Educação Digital e ocupando a primeira posição no ranking do PISA, tem se destacado globalmente. A diretora Cris enfatiza que a palavra-chave nos sistemas educacionais da Estônia e Finlândia é “autonomia,” cultivada desde a primeira infância. Nesses países, a educação é considerada um patrimônio cultural nacional, e todos os colaboradores das instituições de ensino compartilham essa visão.

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Na Estônia, as escolas têm autonomia para desenvolver seus próprios currículos. Os professores passam por contínuo aprimoramento profissional, e o governo dessas nações investe fortemente na diversidade linguística.

Além disso, os centros educacionais da juventude na Estônia têm o propósito de integrar jovens de diferentes idades. Os coordenadores pedagógicos oferecem apoio diário aos educadores, e há um sistema de avaliação escolar que motiva os professores a buscar aperfeiçoamento constante.

Com a Missão Estônia e Finlândia, a Escola Educar-se planeja realizar algumas implementações, como ampliar a carga horária da Língua Inglesa nos Anos Iniciais, seguindo o exemplo desses países. O sistema de avaliação na escola será alinhado com as práticas europeias. A computação também terá investimento robusto da Educação Física ao 3º ano do Ensino Médio.

Além disso, a Escola Educar-se está comprometida com diversos objetivos da Agenda 2030 da ONU, incluindo inclusão, ambiente e inovação, entre outros. A partir de 2024, estabelecerá uma parceria com a empresa Estônia Hub para fortalecer o intercâmbio com nossos professores e aprimorar o projeto pedagógico em colaboração com empresas que oferecem serviços educacionais.

Um aspecto que chamou a atenção foi a biblioteca pública e a arquitetura nos países visitados, elementos que também serão incorporados ao ambiente escolar nos próximos anos. A escolha da Estônia para fixar residência tem sido destacada pelo quesito segurança e receptividade aos imigrantes. É referência destino para imigrantes, devido à segurança.

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