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Diretor da Oi e advogados são investigados por fraude milionária

Uma denúncia foi realizada na 3ª Vara Criminal de Passo Fundo contra o diretor jurídico da Oi, Eurico Teles, e os advogados Maurício Dal Agnol, Pablo Pacheco dos Santos, Marco Antônio Bezerra Campos e Gabriel de Freitas Melro Magadan. O grupo seria suspeito de cometer os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e patrocínio infiel. O caso é um desmembramento das investigações da Operação Carmelina, da Polícia Federal, deflagrada em 2014. Na época, os agentes descobriram um esquema de desvio milionário de dinheiro de clientes do escritório de advocacia de Dal Agnol, em Passo Fundo.

Segundo informações do Ministério Público e da PF, o advogado gaúcho mantinha parte do dinheiro dos clientes em processos judiciais contra a extinta CRT, que hoje atende por Oi. Ele chegou a ser preso na época e agora responde em liberdade. Conforme a denúncia, Eurico Teles teria procurado o escritório de Dal Agnol para propor um acordo. Nele, Teles ofereceu R$ 50 milhões para que o advogado renunciasse a 50% dos créditos de clientes em 5.557 processos em favor da Oi.

De acordo com a investigação do MP, os advogados Pablo Pacheco dos Santos e Gabriel de Freitas Melro Magadan, subcontratados por Dal Agnol e Marco Antônio Bezerra Campos, respectivamente, firmaram acordos prejudicando os interesses de clientes. Em nenhum dos acordos fechados, os envolvidos mencionaram a existência do contrato frmado com a Oi, de acordo com os investidores.

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Os denunciados teriam declarado no contrato que o pagamento de R$ 50 milhões se destinava a saldo de honorários, quando, na verdade, o dinheiro era proveniente de pagamento indevido para a realização de acordos judiciais prejudiciais aos clientes. O valor corrigido pago a Dal Agnol foi de R$ 75.146.588,91. 

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