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Direto da Índia: Resultados da COP 7 são satisfatórios para o Brasil

Focos de grande interesse para a cadeia brasileira do tabaco na COP7, que se realiza em Nova Delhi, na Índia, e que se encerra neste sábado, 12, os artigos 17 e 18, diretamente voltados ao ambiente de produção, já tiveram seu documento final aprovado por unanimidade nesta sexta-feira, 11. E foi positivo aos brasileiros, na avaliação do embaixador do Brasil na Índia, Tovar da Silva Nunes, que acompanhou a reta final dos estudos no centro de convenções. “Entendo que tivemos um resultado muito satisfatório nessa aprovação”, enfatizou. 

Segundo ele, Índia, Brasil e Bangladesh se coordenaram a fim de atingir a melhor redação. Houve um primeiro documento, depois o Brasil fez uma redação própria e, por fim, as partes optaram pela fusão das duas versões. “Para o Brasil, o que é muito importante é que conseguimos introduzir a ideia de que as ações de diversificação devem ter preocupação social e ambiental, justamente para levar em conta a situação de fragilidade no campo enquanto se procuram alternativas”, frisou. 

“Também ficou claro que na parte da diversificação haverá recursos para projetos-pilotos, discussão que tinha potencial de não ir adiante, por algumas resistências”. Conforme Nunes, não apenas foi uma vitória da diplomacia brasileira, como a confirmação da identificação muito clara do País com o tema e da importância econômica e social do tabaco. A maioria dos demais países signatários da Convenção-Quadro tem o modelo que o Brasil já desenvolveu, em termos de diversificação, como referência.

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A proposta aprovada dá ênfase no cunho ambiental e social de todas as ações que vieram a ser lançadas. Além disso, os países deverão disponibilizar recursos para iniciar esses projetos, mesmo que de forma experimental. É ponto que tende a ser crucial, pois na maioria das nações esse incentivo financeiro não é ofertado. Mas cada país tem autonomia para determinar como isso deve ocorrer.

Países deverão compartilhar apoio 

Além disso, nações que não são produtoras de tabaco estão orientadas a dar apoio a outras que estejam interessadas em testar ou introduzir alternativas. Neste sentido, há orientação de que os que não cultivam tabaco jamais estimulem essa atividade. Os países igualmente são instados a compartilhar e a dividir esforços para estimular alternativas viáveis em outras nações. O embaixador refere que as decisões devem ser tomadas em equilíbrio entre as diferentes áreas de governo, preservando a paridade, e não tomando por base apenas uma área, como é hoje, com a proeminência da Saúde.

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Na avaliação de Savio Pereira, que representa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na delegação oficial, o documento não só não atrapalha como ainda favorece a lavoura de tabaco no Brasil. Em seu entender, nações que têm pouca expressão no cultivo do tabaco, ao serem estimulados a deixar de produzir, permitirão aos brasileiros, cujas folhas são demandadas por sua alta qualidade e que lideram as exportações, firmar-se cada vez mais como importantes fornecedores. “Enquanto houver mercado, e há mercado, haverá produção. Disso jamais se pode duvidar, e isso é inquestionável”, afirmou. “O tabaco é importante para o Brasil, é a base de sustento de milhares de famílias, e deve merecer todo o apoio e toda a defesa”.

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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