Nos últimos dias, as obras que visam melhorar o telhado da estrutura da Escola Estadual de Educação Básica Estado de Goiás, em Santa Cruz do Sul, causaram preocupação na comunidade escolar. O problema gira em torno da forma com que o serviço é conduzido no educandário, além de algumas salas de aula apresentarem infiltração e mofo.
O assunto foi revelado pela Gazeta do Sul na terça-feira, após alguns pais e alunos terem relatado a situação da escola e temerem pela segurança dos filhos e profissionais da instituição. Na tarde dessa quarta-feira, 15, a reportagem foi conferir a situação ao lado da diretora Miriam Neumann Trindade e do coordenador regional de Obras Públicas (CROP), Paulo Jourdan Reis. A escola conta com 1.020 alunos.
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Segundo Miriam, as obras estão ocorrendo no telhado da estrutura, e isso não é fator que impeça as aulas. “Estamos com plenas condições de se ter aulas.” Ela explicou que, quando se mexe no telhado sobre uma sala, aquela turma passa a ter ensino remoto. “Temos um rodízio dessas turmas para que as salas fiquem desocupadas à medida que vai se avançando o trabalho no telhado.”
Outro apontamento é o fato de que os alunos têm aulas ministradas no pátio da escola. A diretora afirmou que é algo que sempre acontece, com ou sem obra. “Nenhuma turma veio para a escola sem ter salas disponíveis, e todas as salas que têm alunos são seguras.”
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Para garantir que os estudantes não fiquem desassistidos, a biblioteca e a sala dos professores se tornaram ambientes para as atividades. “Não há motivos para a Escola Goiás não estar funcionando”, finalizou.
Apreensão
Fernanda Feijó, mãe de uma estudante, disse que durante uma reunião de conselho de classe, no dia 29 de abril, presenciou a situação de infiltração em uma das salas de aula. “Eu e os demais pais questionamos o problema, e a direção da escola disse que é devido às obras.”
A mãe ressaltou que na terça-feira ocorreu outra reunião e o assunto foi novamente abordado. “Os pais estão com medo. Queremos que seja feito algo para preservar a segurança de todos.”
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Obras devem continuar por mais dois meses
Onde ocorrem as obras, há andaimes cercados por tapumes. No segundo pavimento da escola, uma estrutura foi colocada para apoiar uma viga, por medidas de segurança, já que os trabalhadores circulam por ali, sobre o telhado, e também colocaram o material utilizado para as melhorias.
A infiltração causou danos no assoalho de algumas salas. O coordenador regional de Obras Públicas, Paulo Jourdan Reis, enfatizou que se trata de uma demanda antiga da comunidade e, devido às chuvas dos últimos dias, houve problemas de vazamento em algumas salas de aula. “Tudo está sendo regularizado.”
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O serviço de melhorias está em andamento há dois meses e deve prosseguir por mais dois meses. “Prezando pela segurança de todos, quando se mexe no telhado de uma sala de aula, o local é isolado e liberado apenas após tudo estiver correto.” A obra é fiscalizada por dois engenheiros que garantem a segurança do espaço. “Estamos tendo os maiores cuidados possíveis”, ressaltou Reis.
A presença de mofo no forro das salas de aula, relatada pelos pais e estudantes, deve ser resolvida com a melhora do clima e nova pintura, nos próximos meses. O valor a ser investido na obra é R$ 999.727,76. Os recursos são provenientes da Organização Não Governamental (ONG) Associação Movimento União/BR, com apoio do governo do Estado.
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