A direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bruno Agnes, de Santa Cruz do Sul, ameaça suspender as aulas caso os problemas da instituição não sejam resolvidos no prazo de 60 dias. De acordo com o diretor Dionisio Júlio Beskow, a medida seria tomada devido à falta de segurança e condições adequadas para os cerca de 290 alunos do educandário. Ele explica que há problemas na rede de energia e também em um muro, que já foi interditado.
Conforme Beskow, em 2017, uma empreiteira concluiu a reforma parcial da instituição, incluindo o sistema de energia. Na época, faltou apenas ligar a energia trifásica do local. A direção acredita que a alteração na rede não tenha sido feita pela RGE em razão de uma dívida do Estado e, desde o ano passado, cobra para que o problema seja resolvido. O diretor conta que, em fevereiro deste ano, decidiu recorrer ao Ministério Público para que o órgão tomasse conhecimento da situação. “Sem a energia trifásica, não podemos ligar equipamentos como ar-condicionado e ventiladores. O aluno tem direito a um ambiente adequado”, comenta.
Após uma nova cobrança, em março deste ano, para que a rede trifásica fosse ligada, Beskow descobriu que, depois de dois anos de espera, o poste para a ligação já estaria fora do padrão. A direção fez um orçamento para a substituição dos materiais e agora espera que o Estado libere o valor, estimado em cerca de R$ 15 mil, e dê autonomia para as obras. Um muro que ameaça cair é mais um motivo de dor de cabeça para a direção. A estrutura foi interditada em 2013 por conta do perigo e, desde então, aguarda conserto.
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Outra situação que preocupa o diretor é o risco de incêndio na instituição. Segundo ele, em dezembro do ano passado, um fio já teria pego fogo no local. Beskow ainda afirma que o local não possui Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI). “A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) respondeu hoje (sexta-feira) que, em 30 dias, vai resolver o problema de perigo de incêndio”, conta. Conforme o diretor, caso nenhuma providência seja tomada em, no máximo, 60 dias, ele deve suspender as aulas até que os problemas sejam solucionados. “Se acontecer algo, não será tragédia. Tragédia é quando não se tem controle.”
O coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, afirma que não foi informado oficialmente sobre a possível suspensão de aulas. No entanto, garante que os problemas relatados pela direção são de conhecimento da CRE, que também busca soluções. “Todos os passos, enquanto coordenadoria, a gente deu. Mas não depende só da 6ª CRE”, comenta. Segundo ele, nesta semana, houve uma reunião na Seduc para discutir as pendências da Bruno Agnes e a expectativa é de que, nos próximos dias, as resoluções sejam encaminhadas. Entretanto, Moura não soube informar um prazo. “O que posso dizer é que a situação ganhou um comprometimento maior de todos.”
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