1) O ex-senador catarinense Nelson Wedekin, que escreve sob o pseudônimo Tito Guarnieri, publicou no seu blog o que eu já previra.
“O ex-juiz Sérgio Moro é uma estrela cadente. Claro, com o prestígio que acumulou nos seus anos de ouro do juizado de Curitiba, ainda é chamado para uma entrevista aqui e ali. Mas que perdeu o brilho não tem dúvida. Foi um erro talvez irreversível ter acreditado em Bolsonaro e ter aceitado o convite para o Ministério da Justiça.
Atualmente Moro leciona em duas faculdades de segunda linha e escreve e assina artigos na revista Crusoé, do site O Antagonista. Não sei como ele se sai de professor. Mas cada artigo seu – assim como os de outro colaborador da revista, Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-número 2 da Força-Tarefa da Operação Lava Jato – é uma sucessão de abobrinhas: estilo vulgar e conteúdo pobre.”
Publicidade
Agora noticia-se que Moro está inscrito como advogado na OAB. Vamos ver como se sai na advocacia, que é um campo eivado de dificuldades. Vai ter que se munir de muita calma, persistência, paciência e sabedoria.
2) Estranhei muito quando li nos jornais que um desembargador concedera uma liminar para sustar um processo. Houve um recurso para o Órgão Especial. Outro desembargador mandou que os autos baixassem ao que concedera a liminar para consertar a decisão. Alegava que a decisão não estava suficientemente embasada. Pergunto-me: não teria sido melhor apreciar assim mesmo, sem expor o colega? Custa-me crer que a liminar não tivesse um mínimo de fundamentos.
3) Também me causou espécie a teimosia de um integrante da Alta Corte, em vias de sair pela compulsória, querendo o depoimento pessoal do presidente da República. Está visto que o ministro quer constranger. O que custaria simplesmente deferir a prestação das explicações por escrito?
Publicidade
Penso, respeitando opiniões em contrário, que os ministros do STF deveriam ter um mandato temporal e não como agora, em que vão até os 75 anos. É necessária uma oxigenação.
Centenas de juristas, relativamente jovens, estariam aptos para essa tarefa.
4) Para finalizar
Publicidade
Todos nós sabemos que na Europa as pessoas relutam em consumir bens importados de países que “agridem” a natureza. Achei o discurso de Bolsonaro na ONU bem equilibrado. Mas não pode parar aí. Penso que deva encontrar-se com mandatários da União Europeia, dar explicações com lhaneza e não dizer, simplesmente, que a Europa não tem mais nada para queimar porque já queimou tudo.
O que causa danos afeta o mundo todo, não importa onde.
A diplomacia é o melhor caminho. Do contrário, nosso Agro vai sofrer boicotes.
Publicidade
» Leia todas as colunas de Ruy Armando Gessinger.
This website uses cookies.