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Diploma de ensino superior faz o valor do salário quase que dobrar em Santa Cruz

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A diferença salarial entre homens e mulheres pautou debates durante o período eleitoral, em outubro passado. Recentemente, o governo federal apresentou projeto que contempla a equidade no valor dos vencimentos para pessoas que cumpram a mesma função. Mas como fazer para elevar o padrão salarial ou conseguir cargos que garantam melhor rendimento?

O Mapa do Emprego, apresentado pela Fecomércio-RS, mostra que há um mecanismo bastante eficiente para isso: o grau de instrução. O salário, com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que é o maior e mais atualizado detalhamento do emprego formal, de acordo com a economista da Fecomércio Giovana Menegotto, aumenta conforme a formação do trabalhador.

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Exemplo é o caso de Santa Cruz do Sul. A média geral do salário (dado de 2021) é R$ 2.911,41. Quando selecionados somente os que têm Ensino Superior completo, que são 17,9% dos contratados, esse valor sobe para R$ 5.576,24. No caso dos que possuem doutorado, a média é elevada para R$ 10.962,25, mas estes representam apenas 0,6% dos empregos formais no município.

Da mesma forma que aqueles que estudam por mais tempo aumentam os salários, quem não teve a oportunidade de estudar amarga os valores menores. Os analfabetos recebem, em média, R$ 1.420,49; com Ensino Fundamental completo, que representam 8,5%, R$ 2.004,25; e aqueles com Ensino Médio, R$ 2.301,11.

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Plano de carreira

Uma categoria na qual é evidente a alteração do salário conforme o grau de ensino é o magistério. No setor público, a classe costuma ter plano de carreira, que vai ampliando em níveis conforme se comprove nova formação. Um exemplo é a professora Juliana Breuning, de 44 anos, da Escola de Ensino Fundamental Vidal de Negreiros.

No nível 4 do plano de carreira, Juliana Breuning conseguiu a ampliação do salário | Foto: Divulgação/GS

Há 18 anos em sala de aula, sendo concursada na rede municipal desde 2008, ela já acumula acréscimos nos vencimentos. O primeiro pela habilitação específica em graduação, que representa 50%; depois, mais 10% pela pós-graduação em Atendimento Educacional Especializado (AEE); e, mais recentemente, 10% pelo mestrado em Educação.

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Desde 2016, Juliana atua na gestão da instituição de ensino (2016-2021, como vice-diretora; e 2022 até o momento, como diretora). Atualmente está no nível 4, de 5.

Diferentes fatores interferem no valor do salário

Há diferença na definição do valor que será pago pelo trabalho dos funcionários. Alguns aspectos, segundo o professor Julian Israel Lima, do Departamento de Gestão de Negócios e Comunicação da Unisc, são a trajetória profissional, o grau de desenvolvimento, a vivência e a qualificação. “Cada organização tem sua política, seu plano de cargos e salários, mas o que tenho observado na minha interação com as empresas e profissionais é que, para além do diploma em si, a qualidade da formação, as múltiplas vivências e um histórico de progressão em termos de competências e responsabilidades, além da questão da oportunidade, são fortemente considerados no momento de promover ou recrutar”, destaca.

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Outro fator que tem relevância nos vencimentos é o princípio básico de mercado, a relação de oferta e demanda. “Algumas áreas, como é o caso da Tecnologia da Informação, têm apresentado alta demanda por profissionais qualificados, o que acaba por elevar as médias salariais”, exemplifica.

O investimento em formação, aliado a esses outros quesitos, torna-se um importante trunfo às vagas oferecidas. “O mercado seleciona os que demonstrarem estar mais preparados e aderentes ao perfil de cada vaga e à cultura da empresa. Por isso, investir em uma formação de qualidade, em uma instituição que possibilite espaços de prática, estágios, bolsas para atividades de pesquisa e extensão, colocando o futuro profissional em contato com situações reais da sua área de formação, é fundamental”, frisa.

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E existe outro diferencial, segundo o professor. “Os profissionais que se saem melhor, geralmente, são os que aproveitam a formação para, de fato, se desenvolverem, o que vai muito além do diploma em si.”

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