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Crimes sexuais

Diocese de Santa Cruz seguirá tolerância zero ordenada pelo Papa

Foto: Divulgação

No Conselho de Presbíteros da Diocese, realizado no Seminário São João Batista, o tema dos crimes sexuais foi discutido

Diante da tolerância zero determinada pelo Papa Francisco em relação a abusos sexuais cometidos por padres, a Diocese de Santa Cruz do Sul, composta por 41 municípios dos vales do Rio Pardo, Taquari e Camaquã, já se agiliza para cumprir o prazo dado pelo Vaticano. Até junho, todas as arquidioceses do mundo deverão ter criado canais para denúncias e comissões para apuração de suspeitas de crimes dessa natureza.

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Conforme o coordenador de Pastoral e assessor de Comunicação da diocese santa-cruzense, padre Roque Hammes, a orientação do Vaticano foi apresentada aos bispos em reunião em abril do ano passado. “Em dezembro, os bispos do Rio Grande do Sul voltaram ao assunto na reunião que tiveram em Veranópolis e, a partir daí, decidiram que todas as dioceses buscariam organizar um grupo de ouvidores e de discussão sobre o tema, para que todos que tenham alguma denúncia a fazer sobre o assunto encontrem pessoas que os escutem e ajudem a dar os devidos encaminhamentos”, afirmou Hammes.

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Segundo ele, existe a possibilidade de as dioceses se agruparem na Província Eclesiástica (Santa Cruz pertence à Província de Santa Maria) se alguma tiver dificuldade de constituir o grupo próprio. “Em um primeiro momento, o objetivo será ouvir as pessoas que têm algo a dizer. Por causa disso, deve estar presente, no mínimo, um padre e um psicólogo ou psicóloga.” Outras pessoas podem ser integradas ao grupo, de acordo com a necessidade, como um advogado e um psiquiatra.

Colegiado começa a atuar antes da Páscoa
Em Santa Cruz do Sul, o grupo para apuração de suspeitas de crimes dessa natureza e discussão sobre o tema já está sendo constituído, com a organização do bispo Dom Aloísio Alberto Dilli. “Mesmo que o prazo dado pelo Vaticano vá até junho, a diocese trabalha para que, antes da Páscoa, o grupo já esteja constituído”, afirmou Dom Aloísio. Segundo ele, já foram realizadas sete reuniões em sete lugares diferentes com os padres das paróquias. Nestes encontros, eles foram informados sobre o documento do Papa e as medidas a serem adotadas quando houver denúncia de abuso contra crianças e adolescentes.

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O grupo deverá seguir as determinações do Papa Francisco lançadas no documento Vos Estis Lux Mundi (Vós sois a luz do mundo), em maio. “Ele (grupo) será publicamente conhecido, assim como também se publicará o modo de proceder se houver alguma denúncia. A ideia é ir ao encontro das pessoas que foram molestadas para que, dessa forma, o molestador seja punido e o molestado acompanhado”, disse o bispo.

Segundo a Diocese de Santa Cruz do Sul, a pessoa que apresentar uma denúncia será motivada a fazer o registro na justiça civil e a equipe providenciará a denúncia ao tribunal eclesiástico. “Se o apontado for um padre e a equipe entender que há base na acusação, o bispo deverá suspendê-lo das suas funções enquanto aguarda o desenrolar do processo. O mesmo procedimento será adotado no caso de o acusado ser religioso ou liderança leiga na comunidade”, diz Roque Hammes. “Se o acusado for um padre, religioso ou diácono, haverá o julgamento civil e o julgamento canônico. Se for condenado, pagará pelo que fez. Se absolvido, será reintegrado na sua função.”

Dom Aloísio: grupo será conhecido

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