O padre José Carlos Stoffel, da comissão diocesana do Serviço de Caridade da Diocese de Santa Cruz do Sul, fez uso do espaço da Tribuna Popular para apresentar a Campanha da Fraternidade de 2023, cujo tema é “Fraternidade e Fome: proposta de Ação”.
Ele observou que é preciso o envolvimento de toda a sociedade para refletir sobre a temática da Campanha da Fraternidade e realizar ações para a diminuição da fome no País. Ele destacou que pela terceira vez, a Igreja no Brasil, propõe para a Campanha da Fraternidade, o tema “Fraternidade e Fome”.
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“Já é um sinal de que a realidade gritante da fome ainda assola milhões de brasileiros. A Campanha da Fraternidade questiona cada pessoa de boa vontade, grupos eclesiais e instituições civis acerca de seu envolvimento com as transformações espirituais, sociais, político-econômicas e ecológicas, a fim de verificar a coerência com o projeto do Reino de Deus, mediante a escuta mais atenta e comprometida do Evangelho”.
Por isso, realizar a CF no tempo da Quaresma é viver com mais intensidade o apelo de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,14). Assim damos um alcance social mais amplo de nossas práticas da oração, do jejum e da caridade na Quaresma.
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A CF/2023 tem como objetivo geral: “Sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo.”
O padre Stoffel apresentou ações realizadas pela Diocese dentro do contexto da Campanha da Fraternidade:
- Converter o resultado do seu jejum e da sua penitência quaresmal em alimento para quem precisa e também em recursos serem doados na Coleta Nacional da Solidariedade, no Domingo de Ramos. Esses recursos alimentam o Fundo Diocesano e o Fundo Nacional de Solidariedade que fomentam projetos de inclusão social e combate à fome. Sugerimos que na catequese e nos grupos se confeccionem um “cofrinho da caridade”. As crianças também podem fazer seu jejum de alguma guloseima ou outro item de consumo e guardar no cofrinho o dinheiro para uma outra criança que passa fome.
- Em cada município de nossa Diocese, se faça uma audiência pública sobe o tema da fome e os objetivos da Campanha da Fraternidade. Se reivindique a organização do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, inserindo o município no processo de reconstrução do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
- Conforme a realidade, cada paróquia possa ter um “Banco Alimentos” para quando, alguém chegar à Igreja, pedindo comida, não saia de mãos vazias.
- Promover, através de investimento financeiro e pessoal, o Serviço da Caridade e as Pastorais Sociais que atuam diretamente na superação da desigualdade social e da fome.
- Valorizar com planejamento e execução a Jornada Mundial dos Pobres (na semana que precede o 33º Domingo do Tempo Comum) em nível paroquial e diocesano.
- Realizar por ocasião da Festa de Corpus Christi, promover o Dia da Partilha, com coleta de alimentos, agasalhos e cobertores a quem passa fome e frio.
- Acolher, valorizar e incrementar a prática das hortas comunitárias e outras iniciativas em favor de uma alimentação saudável e compartilhada.
- Fazer uma avaliação e ver formas de acesso dos mais pobres à mesa de nossas promoções e festas dos padroeiros com a oferta de uma refeição com preços mais acessíveis ou busca de patrocínios para a gratuidade para aqueles que não podem pagar.
- Promover sistematicamente, nos diversos níveis da vida eclesial, em consonância com o nosso 12º Plano Diocesano de Pastoral, formações sobre a Doutrina Social da Igreja, não se contentando apenas com introduções isoladas, mas a partir de encontros e escolas formativas mais frequentes perpassando pouco a pouco seus principais elementos, a fim de que seja compreendida, assimilada e vivida a dimensão social do Evangelho e a DSI seja, de fato, assumida como uma autêntica prioridade pastoral para os nossos tempos. Por isso, precisamos acolher, em nossas paróquias o Projeto Diocesano de Formação em Doutrina Social da Igreja.
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Carina WeberCarina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.