O ministro da Integração da Dinamarca causou controvérsia ao dizer que a polícia deveria ser capaz de confiscar os bens de solicitantes de asilo para pagar por sua acomodação no país, além de gastos com saúde, aulas de línguas e cursos profissionalizantes.
Inger Stoejberg, parte do gabinete do governo de centro-direita, é o principal defensor de um projeto de lei debatido no país que pretende equiparar refugiados a desempregados dinamarqueses -os quais só têm acesso a benefícios sociais do governo caso vendam alguma posse ou ativo com valor acima de 10 mil coroas (aproximadamente R$ 5.680).
A proposta, que tem o apoio do Partido do Povo da Dinamarca, anti-imigração e segundo maior do país, deve ser votada em janeiro, e valeria tanto para estrangeiros que chegam à fronteira quanto àqueles que já se encontram no país sem documentação.
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O texto tem causado controvérsia: “Diz muito sobre as atuais políticas dinamarquesas que algumas pessoas fiquem na dúvida se são verdadeiras ou trote”, disse Zachary Whyte, pesquisador da Universidade de Copenhagen, ao jornal americano “The Washington Post”, um dos críticos do projeto.
A medida também tem suscitado comparações com o regime nazista, que confiscou bens de cidadãos judeus como parte da política de segregação racial e limpeza étnica.
Frente às críticas sofridas, nesta sexta, 18, Stoejberg disse que alianças de casamento, relógios de pulso ou “itens de calor sentimental” não deveriam ser confiscados pelo Estado. O ministro minimizou a importância da lei, ponderando que “solicitantes de asilo em geral não chegam à Dinamarca com grandes quantidades de dinheiro ou jóias”.
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