Há poucos dias da votação acerca da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal, os senadores começam a se posicionar publicamente contra ou a favor do afastamento da petista. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 27, o senador Lasier Martins, do PDT, confirmou como votará em plenário e opinou sobre o andamento do processo.
Conforme o senador, no dia 6 de maio, a comissão eleita – que será presidida por Raimundo Lira (PMDB-PB) e terá Antonio Anastasia (PSDB-MG) como relator – definirá sobre a continuidade ou não do processo. “Não há dúvidas de que ela será aprovada. Em seguida, no dia 11, o caso vai à votação no plenário do Senado. Eu vou votar pelo impeachment”, explicou. Segundo Martins, os assessores da presidente trabalham nos últimos dias na tentativa de persuadir os senadores a votar contra o afastamento. “Se vierem no meu gabinete vou falar francamente meu voto. Dilma perdeu completamente as condições de governabilidade. Mesmo que existe uma reviravolta, o caos governamental só vai se agravar”, opinou.
A posição do senador vai de encontro com a definição da executiva nacional do PDT. Porém, o gaúcho diz não se abalar com as posições contrárias dos colegas de sigla. “Eu sou fiel, em primeiro lugar, as minhas convicções e princípios. O atual presidente do partido, Carlos Lupi, tem sido o responsável por desvirtuar a doutrina dele”, disse Lasier.
Publicidade
Em relação a uma possível chamada para novas eleições, o senador gaúcho afirmou que não acredita que haverá continuidade na proposta. “Entendo que não há clima e nem tempo para novas eleições. O PMDB é o maior partido das casas e já está ‘com a mão na taça’. Eles nunca votariam a favor”, afirmou. Já no que diz respeito ao governo Temer, Martins foi direto. “Ele não é o presidente dos nossos sonhos, mas pelo menos seria uma mudança. Se não der certo, o STF se encarrega de retirá-lo”, finalizou.
This website uses cookies.