Diante da crise política e econômica que acomete seu governo, a presidente Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira, 24, o Plano Nacional de Exportações para ampliar o comércio exterior do País. Segundo a presidente, o Brasil, sétima economia do mundo, “não pode aceitar ocupar o 25º lugar no comércio internacional”. “O Plano Nacional de Exportações é parte estratégica da nossa agenda de voltar a crescer. São medidas para ampliar e dinamizar nossas exportações”, disse Dilma em seu discurso de pouco menos de vinte minutos, no Palácio do Planalto.
De concreto, o programa prevê uma elevação dos recursos destinados ao financiamento das exportações com taxas subsidiadas. A relação de medidas anunciadas prevê ainda iniciativas genéricas nas áreas de promoção e facilitação do comércio, acesso a mercados e aperfeiçoamento de regimes tributário. A presidente defendeu que o plano, parte do esforço do governo para entrar em uma agenda positiva, deve “priorizar novos mercados”, “estimular a competitividade” e “a geração de empregos”.
“Queremos firmar acordos com países e regiões, sem preconceito e sem discriminar parceiros”, afirmou a presidente que, mais uma vez, prometeu apresentar até o fim do ano a oferta do Brasil para a União Europeia sobre o acordo de livre comércio com o bloco. “Nossa palavra de ordem é aumentar a participação do mercado externo”, completou.
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Apesar das projeções do Banco Central, que prevê retração de 1,1% na economia e inflação de 9% em 2015, a presidente Dilma voltou a insistir que a crise internacional ainda influencia bastante a situação no país. “Sabemos que o mercado internacional ainda não recuperou o dinamismo que tinha antes da crise, o que se reflete no atual preço nas commodities”, disse. Dilma considera que o estímulo às exportações de bens e serviços é uma das formas de superar a crise e ampliar a atuação do Brasil no mercado internacional. “Nosso compromisso é garantir previsibilidade, transparência e eficiência”, declarou a presidente.
Ela afirmou, ainda, que o governo vai manter sua política de financiar obras de engenharia no exterior, via BNDES. “Nós somos competitivos na exportação dos serviços, sobretudo dos serviços de engenharia. E não faz qualquer sentido desprezar essa fonte de renda para o Brasil.”
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