Por convicções pessoais, tem quem ignora as datas especiais de mãe, avós, mulher, criança, namorados, e, como no domingo passado, o Dia dos Pais. Para a maioria, entretanto, além dos encontros especiais, dos presentes, é uma data para lembrar daquilo que os pais nos disseram, mostraram e ensinaram. Os pais influenciam os filhos de modo único: desempenham o papel de desafiá-los, incentivando-os a correr mais riscos e desenvolvendo neles as capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. A interação típica masculina com os filhos é bastante diferente da feminina. Estudos mostram que os pais – com mais frequência do que as mães – preferem brincadeiras que envolvem atividades físicas: balançar a criança nos joelhos, jogá-la para cima, caminhar com ela sobre os ombros, simular lutas e perseguições, para aflição e desespero de muitas mães super- protetoras.
Por opção ou necessidade, muitos homens estão assumindo totalmente ou, pelo menos, dividindo tarefas que os “os usos e costumes” diziam que eram de mulher, mesmo que conciliar vida profissional e paternidade, muitas vezes, não seja fácil, exigindo abrir mão de um ou de outro. De qualquer maneira, já existem homens que, com muita tranquilidade e sem qualquer trauma de “machismo”, assumem as tarefas de “donos de casa”, cabendo à mulher o papel de provedora financeira.
O que teria a ver o título do artigo com o Dia dos Pais? Certamente, muitas pessoas ainda se lembram da preocupação dos pais com relação às companhias com os quais os filhos saiam e conviviam, às vezes até mais tempo que com a família. Eventualmente, repetiam o ditado “diga-me com quem andas e te direi quem és”, com a intenção de alertar sobre as más companhias. Os pais sabiam das confusões em que poderíamos entrar se seguíssemos maus amigos. Aliás, até na Bíblia cristã já há recomendações nesse sentido, embora não com as mesmas palavras. Em Coríntios 15, 33, está escrito “Não vos deixeis enganar: as más companhias corrompem os bons costumes”. Em Salmos 1, lemos “feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores”.
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Vivendo numa sociedade consumista, nem sempre é fácil dar uma “puxada no freio de mão”, em rever gastos e, principalmente, controlar despesas. Vira e mexe, algum amigo apresenta um novo celular, um novo serviço na internet, uma fantástica promoção que se pode pagar em “trocentas” suaves prestações. Ou até mesmo aquele convite para o “chopinho” após um dia de muito trabalho, onde a gente vai com a firme propósito de tomar apenas um e acaba bebendo vários, acompanhados de porções de petiscos, sendo que, no final do encontro, a pessoa fica com mais calorias para engordar o corpo e a fatura do cartão de crédito.
Ninguém precisa desligar a TV, trancar as portas e passar a viver como um ermitão, longe de parentes e amigos. É preciso apenas, antes de aceitar um convite para um happy hour ou decidir comprar aquele produto top, verificar como está a situação financeira. “Será que estou endividado, equilibrado ou já sou um investidor?” são perguntas básicas que devem ser feitas frequentemente. Como pais, então, a preocupação deve ser redobrada, afinal, entre o ser pai e a sua situação financeira, existem os filhos e o seu futuro que muitas vezes depende do apoio financeiro da família; afinal, não há presente maior para um pai do que ver seus filhos bem encaminhados na vida.
Reinaldo Domingos, educador financeiro, autor de livros e criador da DSOP Educação Financeira, além de outras atividades, divulgou há poucos dias o vídeo “Pai Rico: 5 passos para alcançar a Riqueza”, em seu canal Dinheiro à vista, no youtube. Nesse vídeo, Reinaldo fala da situação atual de pais sustentando e mantendo em sua casa filhos de 40 anos; ou, então, filhos sustentando pais que, durante sua vida profissional, não conseguiram formar uma previdência privada ou, pelo menos, juntar “um pé de meia”, dependendo apenas da aposentadoria ou pensão paga pelo INSS. Para esses pais, certamente faltou a educação financeira que também explica, pelo menos em parte, o endividamento que atinge 63 milhões de brasileiros.
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No citado vídeo, Reinaldo sugere aos pais seguir 5 passos para ter uma vida financeira mais próspera, o que pode ser aplicado por outras pessoas também:
1) fazer um diagnóstico da situação financeira atual: é um raio x de como estão as finanças;
2) quais são os sonhos de cada um da família: o que querem realizar, comprar? em quanto tempo? qual é o custo?, etc;
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3) orçamento financeiro: substituir o antigo padrão de orçamento – receitas (-) despesas = sobra/falta – por um padrão que muda o modelo mental das pessoas – receitas (-) valor dos sonhos (-) compromissos assumidos e despesas normais;
4) o valor dos sonhos que for poupado deve ser “carimbado”, quer dizer, ele deve ter uma finalidade, sob pena de ser usado para qualquer outra finalidade, às vezes apenas para atender a algum desejo;
5) o dinheiro carimbado deve ser investido em algum produto financeiro para render juros.
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