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HABITAÇÃO

Dificuldades no meio rural motivam saída de moradias em pequenos municípios

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

Agricultor, o prefeito de Herveiras, Nasario Rubi Kuentzer, sabe do que está falando quando concorda com os números apurados pelo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação às condições das moradias. O órgão federal aponta que 17,13% dos domicílios em seu município são considerados vagos. O motivo, acredita o chefe do Executivo, seria a dificuldade de sucessão no meio rural e problemas enfrentados na cadeia produtiva do tabaco, sobretudo nos anos de 2010 e 2012.

“Havia muita parceria agrícola, mas anos ruins de comercialização fizeram com que as famílias procurassem as cidades”, recorda. Ele explica que, basicamente, as 212 moradias sem ocupação estão no interior, em decorrência desse movimento migratório. Sobre a dificuldade de sucessão, Kuentzer acredita ser outro motivo para que a ocupação das residências tenha diminuído. “Onde tinha três filhos, dois foram tentar a vida na área urbana, quando não mais do que isso”, explica.

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Essa tendência ganhou ainda mais força, avalia, com a ampliação da área dedicada ao cultivo da soja e a mecanização no trabalho do agronegócio. “A tendência é de que essa mudança seja irreversível. Um exemplo disso é que muitos desses domicílios já estão deteriorados”, conta o prefeito. Nem mesmo o aquecimento da fumicultura, resultado da diminuição da área e a consequente aplicação da lei de demanda de mercado (quando os valores pagos aumentam em função de maior procura), deve ser suficiente para fazer o município retornar aos números do passado. 

Assim como em Herveiras, outros municípios que integram  a região de Santa Cruz do Sul, de acordo com o IBGE, apontam números superiores a 10% dos domicílios considerados vagos (onde não há ninguém morando). De 16, dez superam os 10%.

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Em números efetivos, o maior é Santa Cruz, com 5.323 dos 61.255 inscritos. Ex-secretário da Habitação e Regularização Fundiária e atual titular da Saúde, Fabiano Dupont disse acreditar que há mais de 2 mil famílias santa-cruzenses sem a casa própria. Esse número é extraoficial, baseado na quantidade de cadastros feitos para a ocupação de novos loteamentos populares. Recentemente, a prefeita Helena Hermany teve confirmada a liberação de recursos do governo federal para a construção do Loteamento Santa Maria II. Serão 144 unidades habitacionais. 

No País, de acordo com o IBGE, em 2022, havia 90,5 milhões de moradias particulares permanentes. Destes, 11,4 milhões estão vagas.

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