Com o número de cadastros abaixo do esperado, as equipes do programa Mapa da Cidade resolveram tentar uma estratégia diferente no Bairro Santo Inácio, em Santa Cruz. Além de ir até as residências, o grupo montou uma tenda de atendimento durante uma semana na Praça Hainsi Gralow, na Rua Augusto Spengler, e distribuiu folhetos informativos nos locais onde não foram encontrados os moradores. O resultado, contudo, não foi o esperado. Em uma semana, apenas 244 cadastros foram realizados e a equipe agora busca novas alternativas.
“Estamos com um índice muito grande de ausência. Mesmo com as três visitas, conseguimos atingir apenas 50% dos moradores nos bairros anteriores e agora estudamos, junto com a Prefeitura, dilatar o cronograma”, contou o coordenador do programa, Marcelo Gaedke. A meta inicial era contemplar todos os imóveis até maio do ano que vem. Até o momento, contudo, o Mapa da Cidade tem 15 mil cadastros – 21% do total de 70 mil imóveis. Para atingir esse número, os cadastradores fizeram aproximadamente 35 mil visitas e têm demorado entre duas e três semanas para percorrer um bairro.
Desde junho já foram seis bairros cadastrados: Goiás, Avenida, Várzea, Independência, Renascença e Universitário. O Santo Inácio, que está sendo finalizado, é o sétimo da lista e o próximo deve ser o Higienópolis. Nesta segunda-feira, as equipes vão passar por um novo treinamento para tirar dúvidas, analisar as dificuldades e planejar os próximos passos.
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“O número de cadastros ainda está baixo, mas conforme as dificuldades vão surgindo conseguimos aperfeiçoar e otimizar o trabalho. Os primeiros bairros foram os mais difíceis, agora o pessoal já sabe o que fazer e como contornar as adversidades”, explicou Marcelo.
O Mapa da Cidade está na terceira de quatro etapas no momento. A primeira consistiu em um levantamento fotoaéreo de alta resolução do município. Na segunda, um veículo equipado com câmeras que captam imagens em 360 graus percorreu as ruas. A última, por sua vez, vai consistir em reunir os dados em sistema e disponibilizá-los à população. O investimento total do programa é de R$ 3,9 milhões. A empresa Topcart, do Distrito Federal, é a responsável pelo projeto.
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O objetivo do Mapa da Cidade é coletar informações para que a Prefeitura possa atualizar a planta de imóveis do município, que serve de base para o cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Dessa forma, o Palacinho quer garantir que o valor esteja de acordo com a propriedade, detalhar as condições de infraestrutura das ruas, corrigir problemas com numeração predial, mapear as atividades econômicas e identificar áreas de risco e de ocupação irregular. Nos apartamentos o objetivo é atualizar a documentação de propriedade do imóvel. O coordenador Marcelo Gaedke destaca ainda que a intenção da Prefeitura é orientar os moradores a buscarem a regulamentação.