Prepare-se: você escutará muitos conselhos quando comentar com os amigos que seu relacionamento amoroso chegou ao fim.
Alguns dirão coisas que irão lhe tocar profundamente, desencadeando reflexões transformadoras. Outros, oferecerão palavras que você julgará bobas — que talvez até lhe irritem.
A intenção é sempre a mesma: ajudar. Mas as pessoas são diferentes — e seus modos de enfrentar as consequências da vida, também.
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Neste artigo, compartilho 6 dicas para superar o fim de uma história, de um amor. Mas, assim como seus amigos, o que temos a dizer não é uma fórmula mágica.
Permita-se ler as sugestões sem prejulgamentos. Ignore aquelas que não conversarem com suas dores. Fixe naquelas que mais lhe incomodarem. Afinal, o que mais nos perturba, é o que primeiro precisamos resolver.
Siga a leitura e, se puder deixar nos comentários algum conselho que acredite valioso, complemente nossa lista!
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Um clichê, sabemos. É um conselho tão batido, mas tão batido, que o desprezamos. Contudo, ele é um mandamento que não deveríamos perder de vista.
Respeitar o próprio tempo é aceitar a temporada de choros, sem culpa. É entender que a tristeza não faz as malas no dia seguinte à partida do amor.
Portanto, aceite convites para sair de casa, abrace oportunidades de se divertir. Mas não se cobre recuperação instantânea de um fim de relacionamento.
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Por outro lado, respeitar seu tempo é, também, não aceitar a fossa como moradia fixa. Seu tem po merece ser tratado com dignidade. Não o transforme numa tormenta infinita.
Se perceber que o desânimo está indo longe demais, procure ajuda de um psicólogo. Ele lhe auxiliará a descobrir novos caminhos para o pensamento.
Aviso: essa dica não sugere que você tire zilhões de selfies e compartilhe nas redes sociais, para mostrar que está bem!
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Autoimagem é um olhar para si, não para a aprovação ou impressão do outro.
Investir na auto imagem é priorizar o relacionamento saudável com a pessoa inevitavelmente constante em toda a sua vida: você.
Se você se colocar para baixo, terá que conviver, a cada segundo, com essa personalidade derrotista que alimentou. Um relacionamento tóxico, não necessariamente, é algo que envolve duas pessoas. Você, sozinho, pode se boicotar, violentar, desmerecer. Não seja, para si mesmo, o que não gostaria de encontrar ou receber de outro alguém.
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Num primeiro momento, pode lhe soar superficial. Mas indicamos: cuide da própria beleza! Nada de pensar em padrões! Lembre-se que a ideia é acarinhar a autoestima, dar ênfase ao que se tem de autêntico e original.
Descubra formas de autocuidado que lhe dão prazer. Pode ser através da alimentação, de uma atividade física (que tal dança? yoga? luta?), de um ritual de beleza com cosméticos de texturas, cores e perfumes extasiantes.
Convoque os sentidos. A autoestima, por vezes, realmente começa de fora para dentro.
Não espere esquecer a pessoa com quem conviveu. Isso não vai acontecer — a não ser que você sofra de alguma espécie de amnésia…
Entretanto, não a chame para seu presente. Memórias irão lhe ocorrer. Mas não as deixe como parâmetros para um relacionamento futuro. Quando olhamos para trás, editamos nossa percepção. Já percebeu? A memória seleciona “cenas”, escolhendo o que ignorar e o que exibir.
Você pode lembrar do relacionamento que acabou só pelas “partes boas”, criando uma expectativa irreal de um próximo parceiro, que precisará ser tudo aquilo que a memória estabeleceu como padrão de felicidade.
Ou pode lembrar apenas das coisas ruins e enxergar indícios de repetições em atitudes que, na verdade, não têm correspondência com a experiência do passado. Aprenda com os erros e evite ciladas. Porém, não confunda bom senso com fixação.
Outra coisa de suma importância: nada de stalkear a vida do antigo amor pelas redes sociais! Nem através de amigos em comum. Cedo ou tarde, isso lhe trará mais sofrimento. Sua meta é romper o vínculo e dar espaço a novas conquistas, novas histórias, novas memórias. Mantenha isso em mente!
Faça disso um mantra. Repita, para si mesmo, quantas vezes precisar. Não apenas em situações de términos.
Essa é uma das principais dicas de relacionamento com a vida! Tudo passa. Infelizmente, até o que é bom.
Como ensinou Guimarães Rosa, vida é travessia.
É bem difícil um relacionamento acabar quando ambos estão apaixonados, vamos admitir. E se o interesse — ao menos de uma das partes — já não era “aquilo tudo”, podemos presumir que o namoro ou casamento não estava em seus melhores dias.
Então, o que foi mesmo que você perdeu?
O sofrimento pode ocorrer, em grande medida, pela imposição da mudança, pela famosa saída da zona de conforto — ainda que, de conforto, houvesse pouco ali.
Foque em notar o que o fim trouxe de bom. Foque em perceber quantos fins — de circunstâncias e humores negativos — a ruptura trouxe consigo.
Perceba a possibilidade de recomeços, de tempo de maior qualidade com amigos ou envolvimento com coisas que gostava — mas havia deixado para trás em função da rotina do relacionamento.
Reencontre-se! Aproveite a liberdade. Reinvente seu cotidiano. Dê espaço para suas preferências e escolhas individuais. Faça do momento um desafio de evolução pessoal.
Se você prestou atenção às dicas anteriores, chegará a essa preparado!
Por via das dúvidas, faça um “checklist” antes de avançar. Autoestima bem-resolvida? Desenvolvimento pessoal em ordem? Vínculo rompido? Tempo de choradeira encerrado? Então é hora de dar chances ao acaso!
Também não fique esperando o novo amor bater em sua porta. Não aguarde alguém lhe resgatar do limbo. Note as pessoas ao seu redor e faça-se notar.
Se gostar da ideia, aceite que amigos lhe apresentem pessoas interessantes. Abra-se para pessoas de seu convívio, amizades que podem virar algo mais. Saia de casa, quando tiver a oportunidade. É sempre simpático dar uma mãozinha para o destino.
Uma opção bem funcional são os aplicativos e sites de relacionamento. Pesquise quais plataformas seriam mais compatíveis com o seu perfil e com o que procura. Seja responsável, cuide-se, mas permita-se algumas paqueras virtuais — e encontros reais.
Apenas certifique-se de que, independente do meio que escolher para conhecer gente nova, suas expectativas devem estar com os pés no chão. É natural que algumas tentativas resultem em erro. Aceite e siga em frente!
Todas essas dicas de como superar o fim de um relacionamento são para homens e mulheres, ok? A dor não faz distinção de sexo. E o comportamento, ao contrário do que se possa cogitar, é muito semelhante entre humanos.
As demonstrações podem variar, claro. Assim como o tempo de superação e as estratégias utilizadas. Afinal cada um de nós tem personalidade única.
O que não muda é que, depois de um fim de relacionamento, se houver abertura, um novo tende a chegar em seu lugar. E quando as pessoas estão de bem consigo mesmas, a probabilidade é de que seus relacionamentos melhorem. Tenham maior qualidade e maturidade.
Ou seja, o fim é estágio necessário para que a felicidade floresça novamente, ainda mais segura de si.
* Por Tatiana Pimenta, CEO e fundadora da Vittude, plataforma que conecta psicólogos e pacientes. Faz psicoterapia pessoal há quase 7 anos, sendo apaixonada por psicologia e comportamento humano. Idealizadora do Consultório Virtual da Vittude, desenvolvido especialmente para atendimentos de saúde, de forma segura e sigilosa.
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