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Dicas de sexólogos para melhorar o sexo

Falar de sexo nem sempre é algo fácil! Temos observado um número crescente de buscas por dicas de sexólogos. Muitas pessoas foram educadas para não falar do assunto e não expressar seus sentimentos. Porém, sexo bom, prazer e relacionamento são temas que despertam o interesse de milhares de pessoas.

Muitos casais não se sentem à vontade falando sobre assuntos íntimos, especialmente quando envolvem gostos ou preferências depois de estarem juntos por muito tempo. Às vezes, o que estava funcionando, agora não funciona mais! Não há vergonha em expressar isso.

A atração pelo companheiro diminuiu? Você sente vontade de ter uma frequência maior de sexo? Sente vontade de experimentar novas posições, brinquedos, fantasias ou outra coisa diferente? Se, apesar de diversos questionamentos internos, você não sabe exatamente o que fazer, talvez um sexólogo seja o profissional ideal para te ajudar.

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Para dar uma forcinha, sexólogos da Vittude compartilham suas dicas para apimentar uma relação! Confira as dicas:

1. Experimente novas sensações

Pra começar, tente imaginar a relação sexual além do pênis e da vagina. Um estudo publicado pela revista Cortex, especializada em processos cerebrais e mentais, identificou diversos pontos sensíveis em nosso corpo.

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Por motivos óbvios, o clítoris e o pênis estão no topo da lista. No entanto, existem outras áreas de prazer que podem ser estimuladas pelo toque, entre elas:

  • Mamilos;
  • Boca e lábios;
  • Orelhas;
  • Nuca;
  • Parte interna das coxas; e
  • Parte inferior das costas.

Os dados do estudo sugerem que homens e mulheres podem ficar excitados com o toque em qualquer uma dessas zonas erógenas. Então, trate de experimentar uma carícia nas regiões acima. Vale um beijo, a ponta da língua, mordidinhas, um toque leve com a ponta dos dedos ou até mesmo usar objetivos como uma pena.

2. Dê um basta no piloto automático

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Quando estamos com o mesmo parceiro há algum tempo, é fácil entrar no modo “piloto automático”. Se você já esteve lá, deve saber que é tão pouco atraente quanto parece.

Se todo encontro sexual que você tem com seu parceiro envolve exatamente as mesmas duas ou três posições, você está perdendo momentos de relaxamento e limitando o quanto de prazer você e ser parceiro podem experimentar juntos.

Para melhorar isso, uma dica de sexólogo é fazer uma lista de novas posições a serem experimentadas. Não precisa ser nada mirabolante, muitas vezes, namorar em outros cômodos da casa pode fazer a diferença. Usar espaços como a sala, cozinha, piscina, jardim pode aumentar o desejo e a libido. Fazer sexo em uma hora diferente do dia, de forma inesperada, adicionar um brinquedo ou mesmo usar uma roupa mais sensual pode apimentar aquele momento.

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Alguns casais passam anos no “papai e mamãe” e de repente, com a ajuda de um sexólogo, acabam descobrindo que o parceiro secretamente queria as mesmas coisas que eles, mas não se sentia à vontade para falar sobre o assunto.

3. Fale sobre o sexo depois do sexo

Em vez de rolar para o lado e adormecer depois do sexo, da próxima vez experimente falar sobre suas preferências. Compartilhe suas fantasias, suas sensações, aproveite este momento para curtir seu par e falar sobre o que gostou.

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Use sua imaginação tanto quanto possível. Seu cérebro é seu maior órgão sexual. Pensar sobre o que te excita não apenas ajuda a intensificar sua experiência sexual, mas também excita muito, levando a um sexo melhor. Vale ressaltar que enquanto muitas pessoas supõem que fantasias envolvem algo extraordinário como submissão ou orgias, um dos nossos sexólogos afirma que fantasia pode ser tão simples quanto encher o quarto de chocolates.

4. Use e abuse de lubrificantes

O lubrificante pode ser um grande fator de mudança para muitos casais. Há muitas razões pelas quais uma mulher pode apresentar baixa lubrificação vaginal:

  • Uso de pílulas anticoncepcionais;
  • Estresse;
  • Desidratação;
  • Envelhecimento e menopausa.

A verdade é que, mesmo diante de grande excitação, o lubrificante pode tornar o encontro mais agradável. Um estudo analisou 2.451 mulheres e suas percepções sobre o lubrificante. As mulheres concluíram que o lubrificante tornava mais fácil o orgasmo e preferiam o sexo quando estava mais úmido.

Se você nunca comprou um lubrificante, uma dica é ficar longe de lubrificantes à base de óleo. A menos que você esteja em um relacionamento seguro, tentando engravidar ou protegido de outra forma, evite lubrificantes à base de óleo, pois o óleo pode quebrar o látex dos preservativos. Use um lubrificante à base de silicone. Procure por produtos que não contenham glicerina ou açúcar. Ambos os ingredientes podem alterar o pH da vagina e levar a infecções fúngicas.

Não custa lembrar que a maioria dos produtos domésticos não são bons substitutos do lubrificante. Evite xampu, condicionador, manteiga, azeite de oliva, vaselina e óleo de coco, mesmo que sejam escorregadios.

5. Explore seu corpo

Se você não usa seu corpo hoje, você o perderá! Descobrir seu corpo é uma das dicas de sexólogos que não poderia faltar. Tocar-se e explorar o que funciona para você traz muitos benefícios para a saúde: ajuda a desestressar, aumenta o fluxo sanguíneo para os órgãos genitais (o que é imperativo para o funcionamento sexual saudável), melhora a resposta e a intensidade do orgasmo.

Conhecer seu próprio corpo é o ponto de partida para a realização sexual plena. A masturbação pode ser um poderoso aliado nesse processo — sobretudo para as mulheres. De acordo com dados do Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (Prosex), na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mais da metade delas (55,6%) tem dificuldade para atingir o orgasmo. Ao se conhecer, a mulher vai descobrir onde e de que jeito ela gosta de ser tocada ou acariciada.

6. Cuide da autoestima

Sexo, autoestima, saúde física e mental estão totalmente interligados. A insegurança com o corpo, por exemplo, pode interferir na libido e vontade de fazer sexo. Por outro lado, preocupações com outros aspectos da vida, como o trabalho e o estresse do dia a dia também podem ajudar a esfriar sua relação. Antes de mais nada, o primeiro e mais importante passo é estar bem consigo. Cuidar de si e sentir-se confortável com a imagem do espelho é fundamental.

Segundo a Psicóloga Ana Paula Dias, especialista no atendimento de casais, autoestima e sexo tem total relação. Para termos desejo sexual, vejo que é importante sentirmos que somos desejáveis, mas isso começa com a gente, com o fato de estarmos bem conosco. Sabendo lidar inclusive com nossas falhas. Conseguir perceber valor naquilo que temos, ao invés de ficarmos de olho naquilo que não temos, no padrão no qual não nos encaixamos.

A autoestima tem tudo a ver com nos sentirmos felizes e realizados. Dançar ouvindo uma música que você adora, no meio do quarto, pode ser um ótimo momento para extravasar e diminuir a timidez.

7. Quando o desejo aparecer não feche a porta para ele

Segundo Giovane Oliveira, sexólogo e psicólogo na Vittude, no cotidiano do casamento ou com a convivência a dois, pode acontecer que o sexo fique em segundo plano. Às vezes até nos perdemos entre as várias atividades e responsabilidades rotineiras, como cuidar da casa, pensar nas compras e na programação da semana.

Durante essas atividades o desejo e o tesão podem aparecer em um dos parceiros, e caso isso ocorra não deixe para depois. O sexo e a vida conjugal são tão importantes quanto as outras tantas atividades. Quando não damos espaço para que o desejo flua, é natural que resistências se construam, e o sexo pode passar a ser ritualizado. O não planejado faz parte, pode despertar mais desejo e dar mais prazer.

Isso também nos leva a pensar no ‘sexo com agendamento’ no casamento. Pela correria e, a cada nova atividade que assumimos, pode acontecer de um indivíduo encarar o sexo como mais um item a ser planejado e cumprido, como se realmente fosse uma tarefa. Dê espaço ao seu desejo! Esse ponto por vezes é comum entre os casais que estão tentando engravidar, que de tão determinados acabam incorrendo para atividade sexual automática e sem prazer. Em alguns casos pode levar a dificuldade erétil em homens, frente tamanha cobrança e obrigação que o sexo passa a assumir.

Por Tatiana Pimenta: CEO e fundadora da Vittude, plataforma que conecta psicólogos e pacientes. Faz psicoterapia pessoal há 6 anos e é apaixonada por psicologia e comportamento humano. 

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