A literatura latino-americana tem apresentado uma capacidade incrível (e quase inestancável) de renovação e de agregação de diferenciais. Se no passado o chamado realismo fantástico (ou real maravilhoso), concretizado em páginas de Juan Rulfo, Gabriel García-Márquez, Isabel Allende ou Laura Esquivel, entre tantos outros nomes, surpreendeu o mundo, hoje as novas gerações lançam mão de um estilo no qual testam recursos formais de escrita com enredos livres de qualquer amarra.
Para exemplificar, que tal conferir a obra da equatoriana Mónica Ojeda, de 36 anos, que deixou sua terra natal (nasceu em Guayaquil) para se fixar na Espanha. Mandíbula, romance publicado em 2018, quando ela completava 30 anos, e lançado no Brasil pela editora Autêntica Contemporânea, em tradução de Silvia Massimini Felix, com 302 páginas, a R$ 69,00, é desconcertante para quem está acostumado a uma narrativa convencional.
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Basta atentar ao enredo, com pinceladas de noir: uma estudante de ensino médio, fascinada por literatura e cinema, acorda em uma cabana no meio da floresta. Uma única pessoa surge diante dela: sua professora de Literatura, que, supostamente, a sequestrou e a trouxe até ali.
Como, quando, de que forma, isso ainda não se sabe. O que se sabe, no entanto, é que as duas vão protagonizar uma história que, entre o riso e o temor, o leitor simplesmente não consegue largar. O sucesso deste levou prontamente a editora a lançar, em 2023, o volume de contos Voladora.
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