Nos estudos culturais e nas investigações em torno das relações coloniais ou das questões pós-coloniais, é praticamente impossível não se deparar com a obra e as reflexões do psiquiatra, pensador e ativista Frantz Fanon. Nascido em Martinica, em 1925, colônia francesa (e que até hoje segue como departamento ligado à França), ele se tornou um dos principais filósofos e, logo, críticos dos efeitos da descolonização sobre os povos das mais diversas ex-colônias, em todo o planeta.
Na prática, Fanon, com seus escritos e depoimentos, acabou por inspirar inúmeros movimentos de libertação em diferentes regiões, e segue até hoje como uma referência natural, por seu humanismo e por expor com clareza os efeitos nefastos, nocivos, da exploração econômica e de poder que metrópoles exercem sobre colônias.
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Agora, uma biografia de fôlego desse pensador chega às livrarias brasileiras. A clínica rebelde: uma biografia de Frantz Fanon é de autoria do escritor Adam Shatz, e foi editada pela Todavia, com tradução de Érika Nogueira Vieira, em 576 páginas, a R$ 109,90.
A obra literária de Fanon começou com Pele negra, máscaras brancas, de 1952, de imediato amplamente difundido no mundo todo. A ele seguiram-se Os condenados da terra, de 1968; Em defesa da Revolução Africana e Escritos políticos. Hoje, todos estão disponíveis no Brasil. O autor faleceu em 1961 ainda muito jovem, aos 36 anos, em Bethesda, Maryland, nos Estados Unidos, acometido de leucemia.
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