No próximo dia 3 de julho completam-se 138 anos desde o nascimento, em 1883, em Praga, na República Tcheca, de um autor que hoje é incontornável para todos os que apreciam leitura de qualidade. Trata-se de por Franz Kafka, gênio das letras, falecido em 3 de junho de 1924, aos 40 anos, então quase anônimo.
Isso se devia ao fato de sua obra, na época, ser quase desconhecida. Havia publicado apenas volumes de contos, e ao final da vida entregou seus originais ao amigo Max Brod, com a ordem expressa de que os eliminasse. Brod não atendeu ao pedido. O resultado é que se passou a conhecer algumas das obras-primas da literatura. O processo e A metamorfose estão entre os livros mais lidos e citados de todos os tempos.
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E agora os brasileiros podem ler pela primeira vez em edição integral os diários de Kafka, mantidos na reta final de sua vida. Redigidos entre 1909, por volta dos 26 anos, e 1923, já próximo de sua morte, eles escancaram para o leitor a personalidade do autor.
Uma parte dos diários havia sido lançada pela Itatiaia, em 2000, em tradução de Torrieri Guimarães. Mais tarde, a L&PM começou a publicá-los em 2012, com um primeiro volume dedicado aos registros de 1909 a 1912, projeto que por ora não teve continuidade, dessa vez com tradução de Renato Zwick. Por isso, às vésperas dos 140 anos de nascimento de Kafka, termos a primeira tradução integral dos diários, feita por Sergio Tellaroli para a Todavia, em 576 páginas (a justos R$ 99,90), é nada menos do que um acontecimento literário do ano.
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