Em agosto de 2022, o escritor indiano Salman Rushdie, de 76 anos, sofreu atentado a faca durante palestra que iria proferir em Nova Iorque. Correu risco de morrer, e da agressão ficou-lhe como sequela a perda de visão do olho direito. O ataque fora motivado por uma fatwa, uma condenação que lhe fora anunciada em 1989 pelo então aiatolá Khomeini, líder do Irã, em virtude da publicação do romance Os versos satânicos, no qual, na interpretação dos muçulmanos, haveria passagens ofensivas ao Corão, o texto sagrado do Islã.
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Agora, um ano e meio depois do atentado sofrido em Nova Iorque, e já restabelecido (embora não do trauma), Rushdie apresenta uma espécie de acerto de contas com quem o agrediu. E a seu modo. Foi confirmado nesta semana o lançamento mundial, no dia 16 de abril, do novo livro de Salman, cujo título em inglês é Knife: Meditations After an Attempted Murder (traduzido, Faca: meditações após uma tentativa de homicídio). Sua editora é a Penguin Random House. A Companhia das Letras, que publica Rushdie para o mercado brasileiro, já anuncia igualmente o lançamento simultâneo da obra no País.
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É, mais uma vez, a reafirmação do que costuma ser de praxe no universo da arte e da cultura: sempre que, em algum tempo ou lugar, há uma tentativa de calar ou eliminar a força do pensamento ou do saber, em nome de crenças ou interesses obscuros, o destino trata de retribuir com a manifestação artística e humana reaparecendo ainda mais forte e vigorosa. E influente. Mais uma boa razão para ler e reler Salman Rushdie.
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