Quem tem um mínimo de familiaridade com o universo da literatura certamente sabe, já ficou sabendo, que o argentino-canadense Alberto Manguel, 73 anos, é um dos mais apaixonados bibliófilos da atualidade. Bibliófilo é todo aquele que tem no manuseio de bons livros e da leitura regular e constante uma grande paixão. Em suma, é alguém que preza a sabedoria, os conhecimentos e o clareamento de olhar sobre o mundo e a vida que os livros proporcionam.
Esse amor de Manguel pelos livros já foi evidenciado em uma série de obras de sua própria autoria, professor, tradutor, editor e erudito que é. Uma história da leitura, A biblioteca à noite e Os livros e os dias, entre outros, são textos inesquecíveis. A eles se junta Encaixotando minha biblioteca: uma elegia e dez digressões, que a Companhia das Letras coloca nas livrarias a partir desta terça-feira, 20, em tradução de Jorio Dauster, com 184 páginas.
Nesse novo livro, Manguel detalha uma situação que vivenciou no verão de 2015. Depois de morar, com seus cerca de 35 mil livros, em uma casa medieval na região do Loire, no interior da França, ele se preparou para uma nova mudança, agora rumo a um apartamento em Nova York. Chegara a hora de, mais uma vez, empacotar todos os seus amados volumes, e de decidir que talvez nem todos poderiam ser levados para os EUA. É uma declaração de imenso carinho por obras e autores que acabaram por se tornar uma extensão, ou essência, de sua própria vida.
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