As migrações de povos árabes deixaram marcas em praticamente todas as áreas na socioeconomia do Brasil. Entretanto, no senso comum, muitas vezes misturam-se referências a origens tão distintas quanto as do Marrocos, no Norte da África, ao Paquistão, no Extremo Oriente. Agora, livro que acaba de ser lançado pela editora Fósforo amplia as informações sobre um grupo que inclusive tem raízes fortes (e relevantes) em Santa Cruz do Sul. Brimos: imigração sírio-libanesa no Brasil e seu caminho até a política é de autoria do jornalista e escritor Diogo Bercito, radicado em Washington, nos EUA, mestre em Estudos Árabes e que por anos foi correspondente internacional da Folha de S. Paulo.
Sobre o mesmo tema até já havia contribuição da escritora Cecília Kemel, o livro Sírios e libaneses: aspectos da identidade árabe no Sul do Brasil, lançado em 2000 pela Edunisc, e que referiu a presença desses dois elementos étnicos em várias cidades gaúchas, entre as quais Santa Cruz. E também acaba de chegar, em simultâneo a Brimos, um sólido estudo do célebre historiador norte-americano Eugene Rogan, o volume Os árabes: uma história, de quase 800 páginas, pela editora Zahar, em tradução de Marlene Suano.
Mas Brimos, efetivamente, em 272 páginas, ilumina sírios e libaneses no legado nas artes, na cultura, na gastronomia e ainda na política, como refere já no subtítulo. É pesquisa muito oportuna para salientar a riqueza cultural que esses povos agregaram ao Brasil.
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