Romar Beling

Dica do Romar: A mulher de dois esqueletos

A escritora porto-alegrense Julia Dantas, 39 anos, é um dos maiores nomes contemporâneos na literatura brasileira. Seu romance Ela se chama Rodolfo, publicado em 2022 pela DBA, e cuja história se passa na área central da capital gaúcha, granjeou amplos elogios. Mais do que isso: arrematou o Prêmio da Academia Rio-grandense de Letras (ARL) e ainda o da Associação Gaúcha de Escritores (Ages), como melhor narrativa longa publicada naquele ano no Estado.

E é com as credenciais da repercussão dessa obra que ela lança, agora, novo romance, A mulher de dois esqueletos, pela editora Dublinense. O tema remete a uma questão bastante recorrente na literatura: uma mulher próxima dos 40 anos vive a premência de se dedicar tanto à criação dos filhos quanto a sua vocação artística.

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É fácil de constatar que, em termos de construção de uma obra literária, a maioria das mulheres estreia tardiamente em publicação, e em geral justamente por volta dos 40 anos, quando os filhos (que tiveram quando ainda eram bem jovens) estão na adolescência ou saindo dela. A começar por Lya Luft, Maria Carpi e Adélia Prado, entre tantas, tantas outras autoras, que depois inclusive construíram uma carreira sólida (ainda que tendo de começar muito mais tarde do que os autores homens), muitas brasileiras seguiram esse script.

O novo livro de Julia Dantas propõe, portanto, uma importante e salutar reflexão sobre um aspecto da mais alta relevância no universo da cultura e das artes em geral.

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Paula Appolinario

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Paula Appolinario

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