Que os cães, entre os animais de estimação, poderiam certamente contar e descrever a própria evolução da humanidade, disso não deve restar muita dúvida. Tanto, tanto eles testemunharam, em geral muito de perto, ou até por vezes mantendo-se a uma distância saudável e conveniente (como nos tempos atuais) do que ocorre nas famílias, de como os seres humanos se comportam, dentro e fora de casa! Agora, a escritora norte-americana Mackenzi Lee colocou essa relação afetiva canino-humana em termos práticos em novo livro: A história do mundo em cinquenta cachorros, que a Paralela acaba de lançar, em tradução de Sofia Soter e com ilustrações de Petra Eriksson. A obra mapeia a presença de algumas das raças peludas (ou nem tanto) em nossas vidas.
Não seria o primeiro livro a colocar os cães em seu devido (e justo) lugar de destaque em nossa evolução. Muitas das façanhas que, orgulhosamente, a humanidade se autoatribui tiveram um cachorro como testemunha ocular ou, por vezes, coadjuvante (isso quando não era até o protagonista). Duas obras dão conta do papel dos peludos: A cabeça do cachorro, da especialista Alexandra Horowitz; e Da dificuldade de ser cão, do escritor e filósofo francês Roger Grenier, está é uma obra-prima de homenagem aos latidores em geral.
A esse conjunto Mackenzi acrescenta 50 momentos ou fatos, selecionados ao longo da história e da cultura humanas, em que cães se firmaram no imaginário. E então concluímos que somos muito mais devedores à companhia dos dogs do que a nossa vã filosofia poderia aventar.
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