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Dias de sol ajudam feirantes de Santa Cruz na retomada

Na banca dos feirantes Cleoni Janete Noy e Egon Flávio Noy, itens que estão à disposição dos clientes foram produzidos em estufa

Depois de um mês, a dona de casa Simone Beck, de 58 anos, voltou a sair da Feira Rural Central com sacolas fartas de produtos. Desde a enchente que assolou a região e as lavouras, ela optou por ir ao supermercado comprar hortaliças. Na tarde dessa segunda-feira, 10, surpreendeu-se ao voltar a adquirir itens diretamente dos feirantes. “Vi que muitos haviam perdido os seus produtos. Por isso, fui para outros lugares. Agora, retornando, me surpreendi com a qualidade das coisas”, disse.

O otimismo da cliente ganha força com as boas expectativas da presidente da Associação Santa-cruzense de Feirantes (Assafe), Patrícia Nichterwitz. Ela, que também é produtora rural, ressalta que os dias ensolarados estão contribuindo para o desenvolvimento das hortaliças. “Na nossa lavoura, as verduras estão bonitas. Para isso, tivemos que fazer uma preparação do solo, com adubos, e isso tem ajudado na retomada.”

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Segundo Patrícia, em muitas propriedades o solo continua bastante úmido. Em outras, já está seco e até precisa de irrigação. “Os produtos de folha foram os que sofreram mais perdas, como em Linha João Alves, devido à queda de granizo. Alface, rúcula, couve-flor, salsa e cebolinha foram bem danificados.” 

Com o começo da recuperação e o desenvolvimento das lavouras, esses produtos voltam a ser os mais procurados nas bancas. Foi o que fez a cliente Simone, que na companhia da filha Débora Beck, de 29 anos, saiu com as sacolas cheias de verduras. “Sempre que possível, prefiro vir comprar esses alimentos direto dos produtores, pela qualidade e sabor”, afirmou a dona de casa.

Simone e a filha Débora aproveitaram para conferir os produtos na feira do Centro | Foto: Rafaelly Machado
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Normalização deve ocorrer em três meses

Em função de a enchente ter causado danos nas rodovias da região, mercados e fruteiras se voltaram às feiras rurais em busca de produtos. Conforme a presidente da Assafe, Patrícia Nichterwitz, a ampla procura, junto com a atenção aos clientes, levou à falta de algumas verduras semanas atrás. E nessa retomada, certos itens também registraram elevação de preço. Para que a produção seja normalizada, o tempo estimado é de três meses. Isso pode variar nas propriedades, já que algumas regiões foram mais afetadas e outras sofreram danos menores. “Nossa preocupação agora é com essa previsão de chuva para os próximos dias”, disse.

Na banca dos feirantes Egon Flávio Noy, de 52 anos, e Cleoni Janete Noy, de 45, as hortaliças foram garantidas para venda em virtude da estufa na propriedade, situada em Linha Santa Cruz. “O que não estava coberto foi destruído”, afirmou o produtor.

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Ele atua há 40 anos com a produção de hortigranjeiros, e o último evento climático foi o mais destrutivo em sua lavoura. “ Nessa situação, a gente perde um pouco a vontade de continuar, mas não podemos desistir.” Egon é um dos produtores contemplados com a doação de mudas, por meio da Secretaria de Agricultura e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário (Comdap), com recursos da Sicredi Vale do Rio Pardo (Sicredi VRP). 

Maior oferta de alimentos fez com que muitos consumidores fossem às compras nessa segunda-feira | Foto: Rafaelly Machado

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