Uma das grandes dificuldades das famílias que atuam no meio rural é garantir a sucessão familiar. Convencer os filhos a darem continuidade ao trabalho, mesmo que a tecnologia tenha tornado menos árduo o trabalho de quem vive no campo, é um dilema para boa parte dos pais. Não é o caso das duas propriedades visitadas pela equipe da Gazeta Grupo de Comunicações no primeiro dia da 8ª Expedição Os Caminhos do Tabaco.
Pela manhã, o grupo da expedição conheceu a família Dombroski, em Pinhalzinho, interior de São João do Triunfo, segundo município em produção no Brasil. O trabalho é coordenado pelo pai, João Valdemar, e pelo filho Diego Gabriel. Eles dividem o trabalho, os custos da produção e também a lucratividade.
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Diego é técnico em agropecuária, com formação no colégio agrícola em regime de internato. Saiu de lá ciente de que voltaria à propriedade da família para agregar conhecimento e rentabilidade. “Dos 22 que têm mais ou menos a mesma idade, por aqui, apenas dois seguiram no campo”, ressalta. Ele não só ficou como deve continuar, tendo constituído família com Thaise Kauane de Freitas Dombroski – os dois têm 22 anos de idade.
Com as informações absorvidas nos estudos e a experiência do pai, que atua há tempo na produção de tabaco, eles conseguem driblar problemas como o ocorrido na safra atual. Foram dois temporais com granizo, quando estavam no início da colheita, situação que causou pelo menos 50% de perdas nos quase 260 mil pés plantados. O que restou foi praticamente todo colhido; com isso, o trabalho deve terminar até o fim desta semana.
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Longa história
Assim como na família Dombroski, em Lapa, os Grande garantiram a sequência da produção, sem que isso signifique abandonar oportunidades e estudos. O filho único de Florisvaldo Sussela Grande, Thiago, formou-se em Matemática, dá aula em escola do Estado no Centro da cidade e ajuda na lavoura, na localidade de Água Azul.
Florisvaldo está na cadeia produtiva do tabaco há cerca de 55 anos. Sua família é pioneira, assim como sua propriedade está na vanguarda do setor. Foi, por exemplo, a primeira estufa de folha solta em Lapa. “Gosto de inovação e meu filho traz muitas novidades para implantarmos. Claro que a gente planeja e verifica a viabilidade. Fazemos tudo com os pés no chão”, afirma. A colheita deve estar completa até o fim do mês. Nesta terça-feira, a equipe chega a Santa Catarina para visitas em Mafra e Taió.
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