Instituído pela Lei 11.796/2008, o Dia Nacional dos Surdos é celebrado anualmente em 26 de setembro. O principal objetivo da data é propor a reflexão e o debate acerca dos direitos e da luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade. Além disso, a data lembra do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como um meio legal de comunicação e expressão, bem como chama a atenção para as causas e formas de prevenção da surdez congênita e adquirida.
Em Santa Cruz do Sul, um dos órgãos responsáveis pelo trabalho de inclusão é o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Compede), presidido por Francine Beatriz da Silva. Ela, que também é intérprete de Libras, atua na Central de Intermediação em Libras (CIL), um serviço que atende a comunidade surda em necessidades como consultas médicas, atendimentos em bancos, delegacias, Fórum, entre muitas outras. “É um avanço enorme para a comunidade surda poder contar com isso, facilita muito a vida deles”, afirma.
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Segundo ela, a CIL dá acesso a informações claras e atendimento digno, um direito de todos os cidadãos. Ainda assim, Santa Cruz do Sul é um dos pouco municípios gaúchos que contam com um serviço desse tipo de forma gratuita.
Francine entende que houve avanços significativos nos últimos anos, mas ainda há muito a melhorar em todos os meios. “Poderíamos ter mais filmes legendados nos cinemas e também eventos culturais e artísticos para esse público, pois eles também gostam de sair e se divertir com a família e amigos.”
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Para a santa-cruzense Karoline Kist, de 41 anos, embora a legislação ampare a população surda, é preciso que essas leis sejam efetivas. Ela, que tem surdez de nascença, profunda e bilateral, é oralizada (fala) e sinalizante (comunica-se por meio de gestos), entende que o ensino de Libras nas universidades durante a formação dos professores e a oferta de disciplinas em Libras para alunos nas escolas, como é o caso da Nossa Senhora do Rosário, são um divisor de águas para a criação de identidade e sentimento de pertencimento.
“Nós, surdos, estamos cada vez mais atuando como protagonistas das nossas histórias, bem como lutando para alcançar visibilidade”, afirma. Já sobre os desafios, Karoline diz que é preciso sensibilizar mais a população, visto que a sociedade ainda é muito capacitista. Ainda assim, há muito a se comemorar neste 26 de setembro. “Vejo muitos profissionais de saúde e de empresas buscando cursos de Libras para poder se comunicar com colegas surdos, além de ver muitos deles no mercado de trabalho.”
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