Saúde e Bem-estar

Dia Nacional dos Surdos: conscientização pode facilitar diagnóstico

Nesta quinta-feira, 26, é celebrado o Dia Nacional dos Surdos, instituído em 2008 por meio da Lei nº 11.796. A data, no entanto, não foi escolhida de forma aleatória. Ela faz menção à fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), localizado no Rio de Janeiro, o primeiro no País.

No Brasil, são mais de 10 milhões de pessoas surdas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na rede de educação básica, dos 47,3 milhões de estudantes, 61.594 possuem alguma deficiência relacionada à surdez.

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Apesar de alguns avanços, ainda é preciso desenvolver mais ações para que esses brasileiros tenham acesso a serviços básicos em seu dia a dia. Promover a reflexão e o debate a respeito dos direitos e da luta pela inclusão devem ser atividades permanentes da sociedade.

De acordo com o fonoaudiólogo William Freitas Manara, da Com Áudio Aparelhos Auditivos, de Santa Cruz do Sul, nos últimos anos alguns dos principais avanços na área estão relacionados à tecnologia, tanto para identificação de doenças quanto para criação de diagnósticos. “Os tratamentos, cirurgias, reabilitação com aparelhos auditivos estão muito mais modernos e eficazes”, afirma.

Com nove anos de atuação na área da estimulação auditiva, Manara acredita que esses avanços contribuem na melhora de vida das pessoas com problemas auditivos. Por esse motivo, ele também considera ser extremamente importante as discussões acerca do tema. “Datas como a celebrada hoje permitem que sejam criados mecanismos de inclusão e integração. Além disso, temos a chance de educar as pessoas sobre a importância de se buscar ajuda especializada”, complementa.

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O trabalho de conscientização, de educação e desenvolvimento deve ser constante. “A média de tempo entre o diagnóstico de uma pessoa com perda auditiva e o início do tratamento é de dez anos”, acrescenta Manara, profissional graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Natural de Porto Alegre, com passagem por Pelotas e hoje atuando em Santa Cruz, ele acredita que ainda é necessário multiplicar os debates e buscar o desenvolvimento constante de ações em prol dessa comunidade.

“Medidas que facilitem a comunicação e ampliem as áreas de conversa sobre o tema são fundamentais para que mais pessoas tenham acesso ao atendimento médico, seja na esfera pública (do Sistema Único de Saúde – SUS) ou na particular (clínicas), e aos tratamentos, nem sempre muito acessíveis. Esses são alguns dos desafios que temos pela frente”, enfatiza.

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Inclusão: Libras é reconhecida por lei desde o ano de 2002 | Foto: Freepik/Divulgação/GS

Libras

A Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão em 2002, por meio da Lei nº 10.436, de 24 de abril. De acordo com o texto, entende-se como Libras a forma de comunicação e expressão em que um sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, possibilita a transmissão de ideias e fatos oriundos de comunidades de pessoas surdas.

Por meio do texto, também fica estabelecido que “as instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor”. O Dicionário de Libras pode ser acessado no site do Instituto Nacional de Educação de Surdos, no link.

Setembro Azul

O nono mês do ano também é dedicado à comunidade surda, fazendo referência às lutas e conquistas das últimas décadas. O movimento Setembro Azul, organizado pela Comunidade Surda Brasileira, possui âmbito nacional e é considerado um marco histórico no que diz respeito à mobilização a favor das escolas bilíngues.

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A escolha do mês ocorre devido a datas significativas que refletem a história da comunidade, entre elas o Dia Nacional do Surdo, dia 26; o Dia Internacional do Surdo, 30; e o Dia do Profissional Tradutor, 30. Outras informações podem ser conferidas no site.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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