A profissão de cuidador de idosos tem se tornado cada vez mais relevante no Brasil, devido ao envelhecimento da população e à demanda crescente por cuidados de saúde em casa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com mais de 60 anos de idade deve triplicar até 2050.
Em razão dessa demanda crescente, a profissão de cuidador de idosos tem se expandido e se profissionalizado nos últimos anos. Existem cursos de formação específicos para cuidadores de idosos, que fornecem treinamento em áreas como primeiros socorros, higiene pessoal, alimentação e cuidados com a medicação, entre outros.
Mas o trabalho do profissional cuidador vai muito além de um simples auxílio no banho ou com as medicações. Na verdade, o papel do cuidador de idosos é garantir o suporte físico, social e emocional ao idoso nas atividades do dia a dia, promovendo a manutenção da saúde, a qualidade de vida, o bem-estar e a segurança das pessoas idosas.
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O projeto de lei 539/2011 institui o dia 20 de março como o Dia Nacional do Cuidador de Idosos. A proposta, implementada há mais de dez anos, tem como objetivo principal contribuir para a valorização do profissional Cuidador de Idosos, além de promover a importância de seu papel na sociedade. Em seu art. 2a, a fixação do Dia Nacional do Cuidador de Idosos tem por objetivo:
Além disso, há uma regulamentação da profissão em nível estadual e municipal, com a criação de conselhos e sindicatos de cuidadores de idosos em algumas regiões do País. A profissão é reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), e existe a possibilidade de registro no Cadastro Nacional de Cuidadores de Idosos.
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No entanto, apesar do crescimento da profissão e da maior conscientização sobre a importância do cuidado com idosos, ainda existem desafios a serem enfrentados no setor. Muitos cuidadores trabalham sem registro ou formalização, o que pode gerar problemas de direitos trabalhistas e previdenciários. Além disso, ainda há falta de regulamentação federal para a profissão, o que pode levar a desigualdades regionais no reconhecimento e na valorização da atividade.
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Outro fator que tem impulsionado o crescimento da profissão é a maior conscientização sobre a importância do cuidado com idosos, que muitas vezes são vítimas de abandono, negligência ou violência. O cuidador de idosos pode atuar como um importante aliado na promoção do bem-estar e na prevenção de doenças e complicações de saúde em idosos.
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Fonte: personalesaude.com.br
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Com o envelhecimento da população, cada vez mais idosos necessitam de atenção especial no cuidado com a saúde. Para suprir esta demanda, a profissão de cuidador de idosos cresceu muito nos últimos anos aqui no Brasil e a tendência é de continuidade nessa evolução.
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Ser um cuidador de idoso é estar comprometido com o cuidado e atenção à saúde dos idosos, participando de sua rotina para favorecer sua independência. O cuidador não deve ser a pessoa que faz tudo para o idoso, mas a pessoa que, ao longo do dia, oferece suporte e o encoraja a realizar suas tarefas na busca da autonomia.
Além de cuidados com a saúde corporal do idoso (higiene, alimentação e medicação), o cuidador deve oferecer suporte e atenção à sua saúde mental, para garantir o bem-estar social e a qualidade de vida por meio da escuta, da conversa, do carinho, da companhia e, acima de tudo, do profissionalismo.
Com o aumento da demanda por cuidadores, a demora na regulamentação da profissão e os altos índices de desemprego no País, muitas pessoas começaram a se intitular cuidadores e atuar no cuidado com a saúde das pessoas. Mas é preciso entender que, assim como para todas as demais profissões, é necessário um curso de capacitação e aperfeiçoamento das habilidades para se tornar um cuidador. Além disso, a profissão exige que o profissional tenha conhecimentos sobre os aspectos do envelhecimento, das doenças, nutricionais, ética e postura, noções de enfermagem para higiene e medicação, espiritualidade, direitos humanos e os aspectos legais da profissão e dos cuidados.
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Para ser um bom cuidador de idosos e ter seu trabalho reconhecido e uma boa remuneração é necessário que se tenha habilidades específicas para o trabalho exigido pela profissão. Dentre elas:
No que se refere aos cuidados a serem executados com idosos, estas habilidades são adquiridas em sua formação profissional realizando cursos e estágio prático. O profissional vai precisar de conhecimento, técnica e habilidade para auxiliar o idoso em suas rotinas de higiene, alimentação, medicação, entretenimento, lazer, exercícios, passeios, consultas médicas, exames e demais atividades da rotina. Uma boa opção é o curso técnico de enfermagem, que oferece conhecimentos mais técnicos e habilidades para cuidar do idoso em casa ou mesmo atuar dentro de uma instituição hospitalar ou de longa permanência.
Cuidar da saúde e da vida do familiar de alguém requer uma postura ética impecável. Para se tornar um cuidador de idosos é preciso ter muita discrição e saber respeitar as individualidades de cada paciente e família. Além disso, o profissional precisa ser de boa índole e ter bons antecedentes criminais, pois a profissão de cuidador de idosos é uma das poucas em que é permitido exigir a certidão de bons antecedentes do profissional.
O cuidador precisa ter consciência de que, para garantir a qualidade na sua prestação de serviços, é necessário que as emoções estejam controladas e não interfiram no cuidado. Portanto, o cuidador precisa:
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Ter conhecimento sobre o processo de envelhecimento e doenças comuns na velhice é fundamental. Além disso, é necessário inteligência e atenção para lidar com manejo de remédios complexos e interpretação de bulas e também ter capacidade de tomar decisões rápidas em situações de emergência.
Saber se comunicar é imprescindível para qualquer trabalho ou relação humana. Para o cuidador de idosos, é necessário a habilidade de comunicação clara e objetiva, com tom de voz adequado à capacidade auditiva de cada paciente. Além disso, é muito importante sempre conversar com o idoso sobre todos os procedimentos a serem realizados, e não simplesmente executá-los. Uma das principais tarefas do cuidador é oferecer apoio social e emocional para o paciente. Portanto, é importante saber conversar (ouvir e falar) sobre temas variados, além de também saber respeitar os momentos em que idoso não quer conversar.
O cuidador vai precisar de muita criatividade para propor atividades que estimulem a motricidade fina e ampla do idoso, bem como sua cognição e memória. Na falta de ideias, existem milhares de materiais sobre atividades terapêuticas e exercícios para idosos realizarem em casa.
O profissional deve propor atividades que contemplem as condições do idoso e tenham sentido para atrair seu interesse. Atividades fora do alcance desestimulam e podem criar bloqueios no idoso. Sempre que necessário, é ideal consultar um profissional especializado (fisioterapeuta, educador físico, terapeuta ocupacional, entre outros) para garantir a qualidade e a efetividade das ações.
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