Saúde e Bem-estar

Dia Nacional de Prevenção à Surdez salienta a necessidade dos cuidados

Nesta quinta-feira, 10, é o Dia Nacional de Prevenção à Surdez. A data comemorativa foi instituída como símbolo de luta pela educação, conscientização e prevenção dos problemas advindos da surdez junto à população brasileira, que tem aproximadamente 5,8 milhões de pessoas com algum grau de surdez.

A fonoaudiológa Tatiana Filippe explica que surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve. “Muitas pessoas pensam que deficiente auditivo é apenas aquele que não ouve absolutamente nada, mas não é bem assim”, diz Tatiana.

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Na verdade, há aproximadamente 10 milhões de pessoas com algum grau de deficiência, não sendo completamente surdas. De acordo com o IBGE, elas chegam a 5% da população. Nem sempre a surdez é congênita, ou seja, nasce com a pessoa. Há casos em que ela é adquirida, isto é, pode ocorrer ao longo da vida.

Previna-se

Os prejuízos causados pela deficiência auditiva podem ser muitos (sociais, psicológicos e perceptíveis). Por vezes, é silenciosa e progressiva. “Portanto, a prevenção é o melhor caminho para garantir o futuro de uma saúde auditiva”, orienta a fonoaudióloga Tatiana Filippe.

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Quer saber como prevenir o problema?

Há casos em que a perda de audição é fruto de um processo natural de “desgaste”, como ocorre no envelhecimento. Outras circunstâncias também podem levar ao desenvolvimento do problema. As mais comuns são:

  • doenças infecciosas, como meningite, sarampo e caxumba;
  • infecções crônicas, como a otite média;
  • traumatismos cranianos;
  • uso de medicamentos ototóxicos, como alguns antibióticos.

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Cuidados simples para evitar a perda auditiva

  • Nunca coloque objetos pontiagudos dentro dos ouvidos. Tampas de caneta, grampos de cabelo e palitos de fósforo, por exemplo, são os mais comuns e podem causar sérios danos ao aparelho auditivo.
  • As hastes flexíveis, muito conhecidas como cotonetes, só devem ser usadas no pavilhão auditivo, ou seja, na orelha. Em hipótese alguma devem ser introduzidas no canal auditivo.
  • Fique atento ao uso dos fones de ouvido. A exposição prolongada a volumes altos pode ocasionar problemas. O mesmo vale para as caixas de som, o celular, o MP3 e outros.
  • Não se automedique. Há certos remédios, chamados de ototóxicos, que podem prejudicar a saúde dos ouvidos.
  • Nas gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar surdez nas crianças. Por isso, se faz necessária a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas.
  • Teste da orelhinha: esse exame feito nos recém-nascidos permite verificar a presença de anormalidades auditivas.
  • Atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos. Trata-se de motivo para uma consulta com um médico otorrinolaringologista e também fonoaudiólogo.
  • Uso de equipamentos de proteção (protetores auditivos) para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído.
  • Acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, contribui para eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho.

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