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Dia Mundial do Rim: campanha defende direito ao diagnóstico e acesso a tratamento

A prevalência da doença renal crônica tem aumentado a tal ponto que já é tida como um problema de saúde pública e considerada “epidemia do novo milênio”. A National Kidney Foundation (NKF), que em inglês significa Fundação Nacional do Rim, entidade em funcionamento nos Estados Unidos e que há muitos anos é responsável pela prevenção de doenças renais, chegou a criar o “Dia Mundial do Rim” para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce. A data foi celebrada no dia 14 de março.

No Brasil, desde 2003, a Sociedade Brasileira de Nefrologia realiza a “Semana da Nefrologia”, ocasião na qual busca evidenciar, em todo o País, a necessidade da prevenção. Neste ano, o foco da campanha é “Saúde dos Rins – exame de creatinina para todos” e defende que todos tenham direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento.

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Conforme o médico nefrologista Homero Agra, de Santa Cruz do Sul, da Uni-rim Clínica de Doenças Renais, e que atende pacientes há 36 anos, mais de um milhão de pessoas sofrem de problemas renais crônicos e 70% delas não sabem disso. “É alarmante, mas justificável, porque na maioria das vezes as doenças crônicas dos rins não apresentam sintomas até que a função renal esteja definitiva e irreversivelmente comprometida, sendo necessário o tratamento pela diálise”, informou. Acrescenta que hoje mais de 100 mil brasileiros fazem hemodiálise e existe uma perspectiva de entrada em programa de 25 mil doentes renais crônicos por ano.

Agra ressalta que no Brasil os gastos com tratamento das doenças renais consomem mais de R$ 2 bilhões por ano. Segundo ele, as principais enfermidades que resultam em doença renal crônica são a diabete mellitus e a hipertensão arterial. “34 milhões de brasileiros são afetados por essas doenças e 10% são doentes crônicos que irão evoluir para tratamento de diálise.” Além disso, informações do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) mostram que 45% das aposentadorias precoces são decorrentes de doenças crônicas, incluindo as renais.

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Creatinina para todos

O mote da campanha deste ano defende “exame de creatinina para todos”, justamente porque medir os índices de creatinina no sangue é uma maneira simples e eficaz de saber se os rins estão funcionando normalmente. É feito nos mesmos moldes dos testes de glicose e de outros exames de sangue bastante comuns.

O médico nefrologista Homero Agra explica que a creatinina é um metabólico que circula pelo sangue e serve como marcador para o funcionamento dos rins. “O exame identifica a possibilidade de uma pessoa desenvolver alguma deficiência nos rins, antes do aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Não há necessidade de consultar nenhum especialista em doenças renais para realizar esse exame. Qualquer médico pode solicitar e você tem o direito de saber o valor da sua creatinina, porque ela significa o grau de funcionamento de um órgão vital para a saúde.”

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Os valores considerados normais variam de 0,4 a 1,4, dependendo da massa muscular. Quando descoberta de forma precoce, através desse tipo de exame, os tratamentos podem evitar a falência total dos órgãos, mesmo que a doença já esteja em fase avançada. É com a prevenção que se constata ainda como está a nossa circulação em todo o corpo. Se os rins não estão bem, outros órgãos, em um futuro próximo, também não irão funcionar adequadamente.

Agra frisa que ao “prevenir doenças renais está se prevenindo também um acidente vascular cerebral (derrame, trombose ou isquemia) ou um infarto agudo do coração”. Prevenir doenças renais é evitar hipertensão arterial e vice-versa, pois pressão alta pode ser a causa ou consequência da doença nos rins. Uma pessoa aparentemente saudável, na qual é detectada doença renal crônica, tem risco dez vezes maior de morrer prematuramente por causa cardiovascular, por exemplo. Tudo está interligado, pois todas essas doenças comprometem o sistema vascular.

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Agra deixa ainda uma recomendação para as pessoas diabéticas e hipertensas ou que tenham histórico de hipertensão ou doença renal na família. “O acompanhamento da função dos rins é algo imperioso. Então, não vacile. Converse com seu médico porque a vida passa pelos rins.”

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