O Dia Mundial do Diabetes, celebrado neste sábado, 14, foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS). A data serve para conscientizar as pessoas sobre o diabetes, doença crônica decorrente da incapacidade do pâncreas de produzir insulina ou da resistência periférica à ação dela. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, em todo mundo são 463 milhões de pessoas com a doença e o Brasil é o quinto país da América Latina com mais casos – são 16,8 milhões. No Brasil, a cada nove pessoas entre 20 e 79 anos, uma é portadora do diabetes.
A médica endocrinologista Aline Maria Swarowsky alerta para os cuidados que as pessoas devem adotar com esta doença silenciosa. “É preciso ficar atento aos sintomas. Infelizmente, muitas pessoas descobrem que têm a patologia somente quando ela já está em um estágio avançado. E o diabetes é extremamente perigoso se não tratado desde o início e com controle rígido. Ele aumenta a mortalidade por estar relacionado a doenças cardiovasculares, como infartos e insuficiência cardíaca, ao AVC e também a outras complicações crônicas, como insuficiência renal, perda da visão, alteração de sensibilidade nos membros inferiores e consequentes úlceras e amputações”, esclarece.
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A doença ocorre nos tipos 1 e 2, sendo que cada um desses tem suas particularidades. A tipo 1, que geralmente acomete crianças e adolescentes, é autoimune: o sistema imunológico ataca as células beta e pouca ou nenhuma insulina é liberada no organismo. O tratamento é feito com insulina, controle alimentar e atividades físicas regulares.
Já o tipo 2 e o diabetes gestacional são mais comuns e costumam aparecer em adultos acima dos 30 anos. Além dos fatores genéticos, a doença está associada principalmente ao excesso de peso, obesidade abdominal e má alimentação. O tratamento deverá ser realizado com uso de medicamentos para o controle glicêmico e do peso, com aumento do nível de atividades físicas e planejamento da alimentação. “Emagrecer 10% pode curar o diabetes relacionado ao excesso de peso. Essas ações ajudam a controlar o nível de glicose no sangue”, ressalta a médica.
A especialista destaca a importância de estar com os exames de sangue sempre em dia e de procurar um médico ao desconfiar de sintomas do diabetes. “Geralmente não há sintomas, mas quando ocorrem, incluem muita sede, micção em excesso, perda de peso, fadiga, visão turva, boca seca e muito cansaço. Em alguns casos, a pessoa também poderá apresentar feridas de difícil cicatrização”, explica Aline.
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Atendimento
Em Santa Cruz, os registros de diabéticos, somente na rede municipal, chegam a 3.974. Desses, 926 são atendidos no Ambulatório do Idoso, Hipertenso e Diabético, situado na Rua Ernesto Alves, 1.298, no Centro. Os pacientes, devidamente cadastrados no programa, recebem consultas, acolhimento, exames, monitoramentos e acompanhamentos, visitas domiciliares e orientações. Por mês, o local dispensa 869 caixas contendo, cada uma, 50 fitas para medir a glicemia.
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