Este final de semana traz na agenda uma das datas mais importantes do calendário em cada ano. Ao lado das celebrações voltadas às mães, aos namorados, aos avós e, seguramente, aos professores, o Dia dos Pais mexe com cada pessoa. Nem poderia ser diferente. No imaginário individual, é impossível não ter presente a dimensão do que representam o convívio e o exemplo do pai. Pessoalmente, nunca deixaria e nunca deixarei de expressar a admiração e o orgulho pela trajetória e pela história de meu pai, seu Laurindo. Afinal, a ele e a minha mãe, dona Lira, devo não apenas a vida, mas a riqueza que representa terem me educado, estimulando a continuidade nos estudos, com o pleno direito de seguir a formação na área para a qual me sentia vocacionado.

Seu Laurindo e dona Lira são produtores rurais em Linha dos Pomeranos, na região serrana de Agudo, e, da altura de seus 70 e alguns anos, conduzem propriedade absolutamente diversificada, em consonância com os mais preconizados conceitos de atenção ao meio ambiente. Atuam numa área essencial em qualquer tempo, época e sociedade. Filho de agricultores, teria sido natural que permanecesse no campo, o que muito me honraria. Mas meus pais repararam que, menino, gostava mesmo era de ler, e de escrever. Assim, não hesitaram em me apoiar para seguir nos estudos, já que demonstrava tanto gosto nisso.

Assim, devo integralmente ao meu pai, seu Laurindo, e à dona Lira ser jornalista e estar no universo da literatura e da comunicação. Nessa área, compete-me atuar a partir de seu exemplo na agricultura, o que não é pouca coisa. Não é tarefa fácil tentar chegar à altura do que eles fizeram e do que fazem, de como se portam e se conduzem, porque sem dúvida estão à altura do que de melhor alguém poderia fazer. E, por essas vias do destino, nossas áreas de atuação se aproximam, e muito! Meus pais são entusiastas do eucalipto, árvore que é a matéria-prima do papel, indispensável para o jornal e o livro. Ou seja, os jornais que ajudo a elaborar, e que aprecio desde a juventude, e os livros, dos quais me cerquei ao longo de toda a vida, dependem diretamente do eucalipto, pelo qual seu Laurindo e dona Lira zelam com tanto empenho. Zelam por ele e por toda a natureza. Zelar, é esse mesmo o termo, e não apenas produzir. Não por acaso, conquistaram o Prêmio Feira da Floresta, em Gramado, e depois o de Agricultor Conservacionista do Solo, em Não-Me-Toque, ambos em nível de Rio Grande do Sul, pelo cuidado com os recursos naturais, com o meio ambiente.

Em resumo: com a vida plena, entendida no sentido amplo.

Que neste Dia dos Pais, no qual tenho a satisfação de expressar meu orgulho por ser filho do seu Laurindo (e, claro, da dona Lira), e pelo compromisso inadiável e incontornável de estar à altura do exemplo que representa, todos os filhos e todos os pais possam, igualmente, encontrar no congraçamento motivo de muita, muita felicidade e plenitude. Boa leitura e excelente final de semana!

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