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Dia do Veterinário: mercado ampliado e maior especialização profissional se destacam na região

O 9 de setembro é especial para os médicos-veterinários. É o momento de reconhecer esses profissionais que atuam para a manutenção da saúde e por melhor qualidade de vida para os animais. É muito comum a dedicação aos domésticos, que convivem com a família, como cães e gatos, mas há a necessidade de atenção maior para os grandes, como equinos e bovinos, em especial, em regiões como o Vale do Rio Pardo, que tem como característica econômica o agronegócio.

A formação do veterinário, diz a gestora do Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul, Cláudia Lautert, é generalista. Isto é, possibilita que todo profissional graduado esteja apto para atendimento de variadas espécies em conformidade com o Conselho Federal de Medicina Veterinária. “Mas, certamente, é um diferencial ter alguma especialidade na área – temos muitas possibilidades, como equinos, ruminantes, reprodução animal, odontologia etc”, reforça.

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Equipe do Hospital Veterinário da Unisc, em Santa Cruz, faz procedimentos em animais maiores

Ela entende que há muitas áreas que, antigamente, não eram tão exploradas e o mercado está cada vez mais competitivo, o que reforça a importância de buscar aprimoramento e foco. Um desses espaços é o trato com animais maiores. “Existe uma demanda muito grande, pois cada vez mais se encontram altas produções concentradas em pequenas áreas de terra”, ressalta. Cláudia destaca que essa orientação técnica de médicos-veterinários é uma necessidade do produtor e uma excelente opção para estudantes que, futuramente, pretendem trabalhar na área.

Com o tempo, os resultados e evolução têm sido percebidos. Um exemplo é o caso do cavalo encontrado na região que precisou de um procedimento na área ocular, o qual resultou na retirada do olho. Foi necessária a utilização de um sistema de recuperação de matéria, a partir da colocação de larvas. “O resultado foi muito promissor, tornando-se uma alternativa para futuros tratamentos”, recorda.

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A profissional reforça, porém, que a maioria dos estudos ocorre em nível experimental. “Salienta-se que é necessário o acompanhamento de médicos-veterinários para a execução da técnica em questão”, enfatiza. Eles também atendem os casos mais comuns, como entre os ruminantes, que apresentam distúrbios metabólicos em animais gestantes e enfermidades do sistema digestório. Nos equinos, os problemas no sistema locomotor e digestório são mais frequentes.

Mercado em potencial

A característica econômica do Vale do Rio Pardo, que tem como base o agronegócio, faz com que o atendimento aos grandes animais seja um mercado potencial para os profissionais com interesse em atuar nessa área. “Aqui na região ainda existem muitos pequenos produtores, muitas vezes não atendidos com a frequência ideal ou mesmo desassistidos (por muitas razões, entre elas a questão do deslocamento e dificuldade do acesso), o que torna uma oportunidade de mercado para o médico-veterinário”, diz Cláudia.

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Exemplo dessa afirmativa da profissional é a quantidade de animais que o hospital veterinário recebe, em especial daqueles que necessitam de internação, atenção e cuidados maiores, assim como a realização de procedimentos cirúrgicos em bloco. “Quando não é necessária tanta infraestrutura, em casos de menor gravidade – prognósticos mais favoráveis – realizamos o atendimento em propriedade”, conta. O atendimento domiciliar também é realizado com a parceria da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, em casos como, por exemplo, a vacinação contra a brucelose em bovinos.

A data

O Dia do Médico Veterinário é comemorado em 9 de setembro. A justificativa é a assinatura do decreto que regularizou a profissão e o ensino da medicina veterinária no Brasil, em 1933. As instituições de educação já tinham cursos desde 1910. A oficialização ocorreu somente em 1933, no mandato de Getúlio Vargas.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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