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Dia do Sono: A importância de um bom descanso

O dia tem 24 horas, das quais dormimos, em média, oito – ou seja, ao menos um terço da nossa vida. Por isso, o repouso tem sido objeto de atenção e estudo. Isso, claro, na teoria. Neste Dia Mundial do Sono, profissionais da área da saúde alertam quanto aos problemas enfrentados por quem dorme mal. Segundo a Associação Mundial de Medicina do Sono, 45% da população mundial.

O produtor de mídia Douglas Martins é um dos casos típicos de jovens que, pelo excesso de trabalho e estudos, não chegam nem perto de completar as horas necessárias de sono. E isso, conta ele, prejudica muito o seu dia. “Nunca estou nos meus 100%, sempre aparento estar cansado e precisando de café ou energético para me manter acordado”, relata.

Trabalhando de dia e estudando de noite, Douglas encontra na madrugada o único horário para tocar seus projetos e completar as tarefas da faculdade. “Durmo no máximo umas quatro horas por noite. Em algumas, eu nem consigo relaxar. O sono acaba sempre ficando em segundo lugar.”

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Além do cansaço, o produtor afirma que a falta de uma noite bem dormida ainda causa nele dor de cabeça, estresse e mau humor. “Sei que é errado, mas já mantenho essa rotina há uns três anos. Tenho obrigações a cumprir e, para crescer na vida, muitas vezes não vejo outra alternativa”, lamenta. É justamente para casos assim que o Dia Mundial do Sono chamar atenção. Conforme a médica otorrinolaringologista e professora do curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul, Ingrid Wendland Santanna, a medicina do sono atua no diagnóstico das diferentes situações que interferem no descanso e suas consequências na qualidade de vida.

Ela explica que a maioria dos distúrbios são evitáveis ou tratáveis, mas lamenta que menos de um terço dos doentes procurem ajuda profissional. “O sono de boa qualidade deve durar tempo suficiente para que o indivíduo acorde descansado e alerta no dia seguinte”, ressalta a médica. Além disso, Ingrid observa que ele deve ser contínuo e suficientemente profundo para ser restaurador. Pois, quando isso não acontece, o despertar já é sonolento e essa situação se prolonga pelo resto do dia.

Não ter um sono de qualidade pode resultar em falta de atenção, diminuição das produtividades laboral e acadêmica e até mesmo acidentes de trânsito. Já a longo prazo, pode causar problemas de saúde significativos, como obesidade, diabetes, redução do sistema imune, aumento do risco de hipertensão e infarto, entre outros. A doutora explica que os sintomas são dificuldade para levantar pela manhã, dificuldade de concentração e memorização, sonolência durante as atividades diárias e dormir em locais públicos. “Demora significativa para adormecer ou acordar de madrugada, ronco ou paradas respiratórias durante o sono, piora na pressão arterial e arritmias também são indicativos”, ressalta.

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Se durante a noite você está respirando bem, sonhando bem e acorda descansado depois de um sono ininterrupto, tranquilo e sem movimentação excessiva, o dia será satisfatório e a saúde também. “Mas um sono agitado, ruidoso, com apneias e com diversos despertares, eleva o risco de desenvolver as doenças relacionadas a esse tema”, salienta Ingrid Santanna.

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