Dia do Músico: arte corre nas veias

Música, ah a música… É capaz de fazer sorrir, de fazer chorar, de levar de volta ao passado, fazer vibrar com uma conquista presente ou sonhar com o futuro. Ah, a música… ela embala nossas vidas em diferentes melodias, através de distintas vozes, percussionada e amplificada por inúmeros sons. A música é, entre as artes, quem sabe aquela que não se separa, que continua presente mesmo quando o volume silencia. É possível continuar no seu ritmo ou inventar tantos outros, e dançar sozinho, na chuva, ou mesmo dentro de casa, em boa companhia.

Música é inspiração. Para os personagens desta matéria ela significa tudo. Exatamente assim: tudo. Foi nela que se encontraram e continuam a trilhar caminhos, nem sempre fáceis, mas de muito estudo e dedicação.

Mateus Costamilan, 40 anos, conhecido dos palcos e das regências na região, aprendeu a apreciá-la ainda na infância com o pai Nilo, músico amador. “Sempre ficava próximo dele enquanto estava tocando. Ele me ensinava algumas notas. Então fui aprendendo em casa, de maneira autodidata. Ele sempre me incentivou. Até que com 11 anos ingressei no Instituto Musical Verdi, na capital, onde estudei piano clássico até os 18 anos, quando entrei para a Universidade”, recorda-se.

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Foi em 2005 que o caxiense chegou ao Centro-Serra, já formado no bacharelado em Música – habilitação em Piano, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), e não saiu mais. “Vim para passar férias e acabei ficando”, acrescenta ele, que tem na música sua primeira e única experiência profissional. “Comecei aprendendo piano clássico, música erudita, mas sempre transitei entre o clássico e o popular”. O carinho especial pelo rock’n roll podem ser ouvido também na banda da qual faz parte, a Ferrovia 66, com a qual se apresentou pelo Estado. “A gente batalha neste meio também. Meu grande sonho é que um dia a Ferrovia 66 tenha sua carreira na estrada”, enfatiza. 

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Apesar de sempre pensar em ser um músico de palco, a formação fez Costamilan enveredar também para o lado da educação, buscando especializações, e nesse percurso a musicalidade inclui o conhecimento de diferentes instrumentos e domínio de técnicas vocais. “90% do meu tempo hoje é como professor. Trabalho em Arroio do Tigre em sete escolas, contando as municipais e o Colégio Sagrado Coração de Jesus. Dou aulas de música para crianças a partir de 3 anos até os 15, e de forma particular também. Mais recentemente passei a lecionar na Oficina do Estudo em Sobradinho”. E não para por aí: “também estou trabalhando com a regência de três grupos corais municipais em Sobradinho, Ibarama e Candelária”, acrescenta. E para dar conta de tudo? Amor à profissão. “É uma vida bem corrida”, compartilha. “É muito gratificante ver alguns de meus alunos seguindo na música e trilhando suas carreiras. Graças a Deus estamos aí dividindo conhecimento e podendo levar adiante a música”, ressalta.

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Costamilan também dedica-se à produção, área que está estudando atualmente. Ele destaca a importância da música para a imaginação e desenvolvimento do ser humano. “Uma coisa que gosto muito é gravar, soltar a criatividade. E nas minhas aulas incentivo os alunos a compor e gravamos muito material bacana.”

Para ele, a música tem uma grande representação, faz parte de todos os momentos bons, mas também está presente em situações difíceis. “Até hoje tudo o que faço é respirar música. Embora sempre recebi como uma vocação, um dom de Deus, muitas vezes pensei em desistir. Há momentos difíceis e a pandemia foi um deles, muitos colegas entraram em depressão, estiveram longe do público, e passaram por dificuldades com o ganho reduzido. Embora existam estes percalços a gente sempre procura levantar e criar ânimo. Esperamos que tenhamos um gás novo para trabalhar em 2022 na plenitude”, reforçou.

A música acompanha todas as artes

A paulista Alana Assaf, 18 anos, que apresentou-se recentemente na abertura do Natal das Estrelas em Sobradinho, também despertou ainda cedo para o universo das artes. A cantora e atriz, mesmo tão jovem, tem unido a paixão pela música, teatro e viagens, apresentando-se em peças e musicais no Brasil e exterior. E a arte corre nas veias. “Minha mãe Renata Loinaz é atriz e meu pai Dario L. Camacho gosta muito de escrever, produzir e dirigir peças. Meu irmão também gosta de produção, então toda a família está ligada à arte”, enfatiza.

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Pela terceira vez em Sobradinho, Alana apresentou-se com músicas em diferentes idiomas, acompanhada ao piano por Jefferson Nogueira. Vozes e instrumentos se unem para chegar até quem os ouve de forma a emocionar, assim como ocorreu no espetáculo Metaphora: O Oscar da Vida, do qual fizeram parte apresentando-se no musical realizado no Salão Paroquial Católico há poucos dias.

A jovem realizou apresentação na abertura do Natal das Estrelas 2021 em Sobradinho

Aluna do curso de Cinema da Universidade Estadual da Califórnia, ela deve embarcar para os Estados Unidos no início do próximo ano, mas já teve a oportunidade de apresentar-se em musicais em diferentes países. “Com 5 ou 6 anos comecei no curso de teatro e depois entrei em interpretação para TV, canto, dança e a gente vai se aprimorando sempre. Com 14 anos me formei no Conservatório de Música Heitor Villa-Lobos em Canto e Teoria Musical”, acrescenta a jovem, que deve lançar em breve sua primeira música autoral. “A arte não é só o entretenimento pelo entretenimento (e se fosse já seria maravilhoso, porque precisamos dele). Mas, a arte é também mensagem, política, tudo o que envolve o mundo e por isso é tão importante para o nosso aprendizado e crescimento”, destaca.

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Nesta semana em que a música e os músicos recebem homenagens, nosso reconhecimento a todos que com expressividade e talento alcançam a alma.

Alana e o pai Dario durante espetáculo apresentado em Sobradinho

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Nathana Redin

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Nathana Redin

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