Seja o tradicional ou o invertido. O formigueiro ou o meia-lua. A forma de preparo não muda o sabor inconfundível do chimarrão, bebida símbolo do Rio Grande do Sul e companhia diária – a qualquer hora do dia – de muitos gaúchos. E o “doce desse amargo”, como diz um trecho da canção dos Monarcas, traz inúmeros benefícios a quem consome. Isso porque, segundo a nutricionista Letícia Lopes, a erva-mate – principal ingrediente do Chimarrão – tem compostos químicos que tornam a planta medicinal, como as vitaminas A, C e E, do complexo B, minerais, flavonoides, saponinas, metilxantinas e polifenóis.
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“Todos esses compostos fazem com que a erva-mate se torne uma planta com ação anti-inflamatória, antimicrobiana, antiobesidade, antidiabética, neuroprotetora e com propriedades anticâncer. Previne, assim, doenças cardíacas, o envelhecimento, além de regular a flora intestinal e ser uma aliada na imunidade”, salienta.
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Assim como existem mais de 30 jeitos de preparar a bebida – segundo dados da Escola do Chimarrão –, os tipos de erva-mate também variam, como explica o representante das ervateiras Valério e De Valerios, Milton Frantz. “Temos a erva tradicional e com ou sem adição de açúcar. Dentro disso, a moída grossa, que vai entregar um chimarrão mais encorpado, com sabor mais forte e coloração mais escura; e a moída tradicional, que é um pouco mais fina, de cor mais verde e com sabor diferente. Também há opção da erva-mate nativa, que é uma matéria-prima selecionada, mais difícil de encontrar e por isso, mais cara”.
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Considerando a região, a preferência para o preparo do chimarrão é pela erva-mate sem açúcar e de moída tradicional para grossa. Há também quem goste de acrescentar chás na bebida. Mesmo que já tenham ervas-mates compostas, o hábito de incrementar a bebida é, inclusive, indicado pela nutricionista. “Há estudos que contraindicam a interação pela absorção dos compostos presentes no chá e no chimarrão e outros que não evidenciam essa questão, portanto, indico seguir com a combinação.”
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