O café é considerado uma das maiores riquezas do Brasil, principalmente pelo fato de o país ser o maior produtor do grão no mundo. E nesta sexta-feira, 14, é celebrado o Dia Mundial do Café – uma data muito especial para o agronegócio. Também importante para essa cadeia produtiva é o trabalho da artista e cafeicultora Valéria Vidigal.
Única que, há duas décadas, se dedica exclusivamente à temática do café, Valéria é uma antiga parceira da Editora Gazeta. Assim como o hábito de tomar café se tornou uma tradição entre os brasileiros, é natural que as obras da artista ilustrem a capa e as páginas internas dos anuários de café. Exemplo disso é a edição de 2022.
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Sempre estudiosa no tema Café e Arte, Valéria tem carinho especial pela história da Semana de Arte Moderna. Em virtude disso, escolheu o artista Emiliano Di Cavalcante (1897–1976) para fazer uma homenagem. Ele foi um dos idealizadores da Semana de 22, e, ao lado de outros artistas, buscou ajuda financeira com os cafeicultores paulistas, para pagar o aluguel do Teatro Municipal em São Paulo. Foi desse jeito que a Semana de Arte Moderna se tornou um dos maiores marcos na arte contemporânea.
A obra escolhida por Valéria para ser homenageada foi uma ilustração feita para o extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC), em 1954. Essa produção foi a inspiração para a criação de um painel de 174 centímetros de altura e 120 centímetros de largura, no qual a artista incluiu símbolos brasileiros, fazendo uma alusão à Semana de Arte Moderna.
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Produzida em 2022, a obra foi a oficial de uma das exposições do Centenário da Semana de Arte Moderna, realizada pela Secretaria de Cultura de Vitória da Conquista, na Bahia, e ilustrou o cartaz da exposição. Pela contribuição, Valéria Vidigal recebeu a Medalha Mérito Cultura Glauber Rocha. A mesma obra ilustra a capa do Anuário Brasileiro do Café do ano passado.
Depois, a obra foi comercializada e, desde outubro de 2022, faz parte do acervo da Confederação da Agrcultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Outra pintura assinada por Valéria foi produzida neste ano e intitulada de Tomás Café. Ela é uma releitura da obra Bordadeira, de Tomás Santa Rosa (1909-1956). Como de costume, a artista incluiu elementos que representam a cafeicultura e o Brasil.
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