O Dia do Aposentado é celebrado neste 24 de janeiro como forma de lembrar a criação da primeira lei brasileira destinada à Previdência Social, em 24 de janeiro de 1923, pelo então presidente Artur Bernardes. Chamada de Lei Eloy Chaves, ela é um marco na história previdenciária, pois lembra a greve dos trabalhadores das estradas de ferro de 1906. O direito à aposentadoria, porém, só foi conquistado no Brasil após anos e anos de luta, mas essa greve é um dos acontecimentos que mais se destacam.
Os trabalhadores protestavam pelo retorno da carga horária de dez horas por dia, seis dias por semana – a carga tinha sido recentemente aumentada; e contra o desconto de 30% do salário para uma aposentadoria privada obrigatória, cujos cálculos eram motivo de desconfiança.
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Nos seus 15 dias de duração, com direito a conflitos violentos com a polícia, o movimento se alastrou pelo País e vários outros setores aderiram em solidariedade. Após as manifestações iniciais, a greve voltou a ocorrer em 1907, em 1917 e em 1919. Como consequência dela e de outras manifestações sociais, o advogado e deputado federal Eloy Chaves apresentou o primeiro projeto de Previdência Social do Brasil, que acabou com as previdências privadas obrigatórias e garantiu a aposentadoria como um direito.
Quando chega a hora de parar
Depois de trabalhar boa parte da vida, entregando seus melhores esforços à profissão, é muito natural que uma pessoa aguarde ansiosamente a aposentadoria. Da noite para o dia, aquelas dez ou 12 horas dedicadas diariamente ao trabalho estão à disposição, para fazer o que quiser. É aí que muita gente começa a se perguntar: e agora, o que eu faço para me ocupar? É o momento de viver situações que muitas vezes não eram possíveis devido à falta de tempo e correria que muitas profissões exigem.
Para quem está prestes a se aposentar, ou acabou de entrar nesse grupo, é importante ter em mente que aposentadoria não é sinônimo de ociosidade. Pelo contrário, pode ser a chance de traçar novos objetivos e aproveitar a vida com qualidade. E para ajudar a curtir esse período, o Boa Semana trouxe algumas dicas que podem tornar o dia a dia mais prazeroso.
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Aprenda algo novo
Volte a estudar, conheça um novo idioma ou faça aquele curso que sempre quis, mas que não tinha tempo. Manter-se aberto aos estudos cria um espaço de convivência social com pessoas diferentes, de várias idades e personalidades.
Dedique-se aos seus projetos
Use o tempo livre para conhecer outro país, passar mais tempo com a família ou dedicar-se a algo que gosta.
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Cuide de você
Mantenha o corpo e a mente em movimento. Vá na academia, faça caminhadas ao ar livre, vá ao cinema, visite amigos, coloque as leituras em dia.
Cuide dos outros
Existem muitas entidades e ONGs que se preocupam com a proteção dos animais e do meio ambiente; também há aquelas que contribuem com idosos e/ou crianças em condições vulneráveis. O voluntariado, além de ser útil para a sociedade, traz muitas sensações positivas para quem o executa.
Empreenda
Para quem não quer ficar longe do trabalho, uma opção é empreender em um novo negócio ou franquia, algo que traz novas oportunidades e mantém você em movimento.
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Vale lembrar que não existe idade para conhecer coisas novas e passar por experiências diferentes. Com a aposentadoria, o que não falta é tempo para aproveitar tudo isso.
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Uma base de apoio
Buscando defender os interesses dos aposentados e pensionistas de Santa Cruz do Sul e, principalmente, corrigir as defasagens em seus benefícios, a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Cruz do Sul (Apopesc) foi fundada em 1º de outubro de 1982. Além disso, a entidade já buscava beneficiar seus associados nas áreas da saúde, jurídica, transporte, entre outras. Seu fundador foi Dorval Knak, que, na época, era presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa).
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Prestes a completar 40 anos de atuação em defesa dos aposentados e pensionistas, hoje a associação é presidida pelo santa-cruzense Germano Fernando Kelber. Seu ingresso ocorreu em abril de 1987, como membro suplente do Conselho Fiscal.
Durante esses 35 anos de atividade na casa, já exerceu as funções de presidente e vice-presidente por diversas ocasiões. Segundo ele, o que a Apopesc faz pelos aposentados de Santa Cruz do Sul e região é estar atenta a todas as ações governamentais e dar, especialmente, atenção às pessoas que estão em vias de se aposentar para que façam os cálculos corretos. “É importante que aposentados, pensionistas, idosos e não aposentados mantenham contato com a associação sempre que tiverem dúvidas para esclarecer”, salienta Kelber.
A entidade, que em 1987 contava com um grupo de cerca de 150 associados, hoje tem em torno de 1,7 mil. Com sede própria desde 2009, ela dispõe de uma área de 1.270 metros quadrados para proporcionar espaço e conforto para todas as atividades administrativas, sociais e de saúde por ela oferecidas. Os associados contam com os serviços de clínico geral, dentista, fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga e advogado. Além disso, podem fazer pilates, acupuntura, massoterapia e participar de grupo de alongamentos.
E neste 24 de janeiro, quando se comemora o Dia dia do Aposentado, o presidente convida aposentados e não aposentados para fazerem uma visita à Apopesc, conhecer as suas instalações e, quem sabe, tornarem-se novos sócios.
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Carinho e cuidados que acolhem
Para muitas pessoas, a aposentadoria não significa parar de ser produtivo. Pelo contrário, é hora de aproveitar esse momento para realizar muitas atividades que antes, por falta de tempo, não eram possíveis. Mas, em alguns casos, ela chega para aqueles que já não podem mais trabalhar e até mesmo precisam de alguns cuidados especiais. Além disso, com a expectativa de vida, que vem crescendo consideravelmente, e as aposentadorias, que estão acontecendo mais tarde, as necessidades que esse momento da vida implicam também aumentam. A longevidade traz desafios de manter o corpo e a mente sãos, não só para o indivíduo mas também para os seus familiares.
E é nesse cenário que cresce em todo o País o número de residenciais para idosos. Adequados para proporcionar o conceito de lar, os residenciais buscam promover ao idoso a autonomia, lazer, conforto e a sensação de estar em casa, trazendo a tranquilidade de que a família necessita para continuar socialmente exercendo suas atividades e papéis.
E quando essa hora chega, é importante tomar alguns cuidados. Os residenciais para idosos precisam oferecer uma estrutura adaptada, com espaços de convivência, assistência médica, nutricional e fisioterápica. Mas em primeiro lugar, sempre que possível, é necessário considerar a opinião do próprio idoso.
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Fique atento
Limpeza e organização
O bem-estar dos residentes está intimamente ligado à limpeza e à organização do lugar onde estão morando. Então, certifique-se de que a casa de repouso escolhida conta com cômodos limpos, asseados de forma adequada e próprios para uso.
Possibilidade de visitas
O contato com os familiares é muito importante para o bem-estar na maturidade. Por isso, é fundamental que o local escolhido mantenha uma política transparente de visitas, liberando seu acesso sempre que idosos e seus familiares desejarem.
Qualidade dos alimentos
O recomendado é que as refeições sejam elaboradas com base em um plano nutricional personalizado, respeitando as necessidades de cada indivíduo, pois a alimentação é essencial na qualidade de vida.
Prática de atividades
As práticas de recreação são muito importantes para manter o idoso em atividade mental, exercitando a memória e evitando assim a involução cognitiva. Observe se existe um ambiente em que ele possa interagir e fazer exercícios físicos com toda a assistência necessária.
Capacitação dos cuidadores
Os cuidadores estarão quase em tempo integral com os residentes em sua estadia na clínica de repouso. Esses profissionais devem ter um treinamento específico para entender suas demandas, cuidando deles com boas técnicas e com o máximo de zelo e carinho.
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