Os estudantes ou profissionais de Direito que andavam com um Vade Mecum, pesando cerca de 2 quilos, embaixo dos braços, passam a ficar no imaginário. Não que o conteúdo da obra esteja obsoleto ou que seja dispensável o conhecimento adquirido com ela. Pelo contrário. Cada vez mais deve haver atualização. Ocorre que isso é possível, atualmente, por meio de recursos tecnológicos, que demandam maior conexão com a internet e às questões da sociedade.
A coordenadora do curso de Direito da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Elia Hammes, reforça que as mudanças já começam a partir da formação. “As próprias instituições de ensino colocam à disposição dos acadêmicos laboratórios com inteligência artificial, que simulam audiências, atendimentos de clientes, júris”, conta. Essa é uma forma de utilizar recursos como a internet e somá-los à forma tradicional de construção do conhecimento, como os debates de conteúdo em sala de aula, ministrados e orientados pelos professores. “Isso garantirá uma formação de qualidade”, acrescenta.
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E, ao que tudo indica, tem apresentado resultados positivos. Tanto que o curso atingiu excelente desempenho na aprovação do exame da OAB, reconhecido pela instituição com a certificação, em 2021, pelo selo OAB Recomenda, que poucos cursos de Direito no Brasil têm. “Mérito dos acadêmicos, que se empenham nos estudos e dos qualificados professores”, ressalta Elia. Ela explica que o corpo docente é integrado apenas por doutores e mestres, além do fato de que a maioria dos professores atua em carreira jurídica fora da universidade, garantindo maior aproximação com a realidade, além das atualizações legais.
Esses “upgrades”, tanto na forma de aprendizado quanto na atuação, são considerados fundamentais. No caso da Unisc, isso é percebido com o investimento em biblioteca virtual de grande porte, além da física, que conta com milhares de exemplares, sendo aberta, inclusive à comunidade, até para celulares. Já o profissional deve buscar a formação multidisciplinar para que consiga atender às expectativas dos constituintes, em especial, diante da complexidade da sociedade e das novas tecnologias, a começar pelo processo eletrônico, audiências virtuais, propriedade de bens inseridos em tokens, contratos eletrônicos e inteligentes, herança digital, entre outros.
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A formação do Direito costuma ser generalista, mas o ideal, entende Elia Hammes, é que o profissional busque especialização em determinada área, a fim de garantir a prestação de um serviço jurídico de maior qualidade. “Importante não perder de vista as inúmeras conexões que as áreas jurídicas podem fazer entre si, bem como a necessidade de apoio de profissionais de outras áreas de conhecimento para solucionar as demandas”, reforça. Exemplifica o caso do advogado que atende empresas e precisa cercar-se de áreas como constitucional, tributária, trabalhista, LGPD, previdenciária, ambiental, contratual, administrativa, criptoativos, internacional, entre outras.
A sociedade, atualmente, espera mais do que simplesmente conhecimento jurídico dos profissionais da área. A coordenadora do curso frisa que a expectativa é de que se encontre um perfil técnico, colaborativo e resolutivo na solução dos problemas. “É extremamente importante conhecer a legislação, a literatura jurídica e a jurisprudência, mas não basta. O profissional contemporâneo precisa conhecer e criticar a realidade na qual está inserido, ter espírito empreendedor, dominar o uso das novas tecnologias e as possibilidades de solução de conflitos consensuadas”, destaca.
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