Entre as diversas atrações disponíveis na 21ª Expoagro Afubra, o Dia de Campo do Arroz foi uma das que mais movimentaram o parque nessa quarta-feira, 22. Promovida pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a atividade teve como objetivo apresentar novidades e debater temas importantes como a irrigação e a rotação de culturas entre o arroz, o milho e a soja. Produtores e estudantes de escolas agrícolas e cursos superiores voltados à área participaram em grande número e puderam agregar conhecimento prático aos conteúdos aprendidos em sala de aula. No fim, foi servido o tradicional carreteiro com arroz de leite.
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Segundo o coordenador regional do Irga, Pedro Hamann, a proposta é demonstrar novas tecnologias e, sobretudo, o manejo das culturas alternativas. “O milho está entrando muito forte nas áreas de arroz a partir dessa safra. Em função disso, nós desenvolvemos um projeto chamado ‘Milho irrigado em terras baixas’, que está sendo apresentado aqui.” O responsável é o professor Paulo Régis, que trabalha há mais de 50 anos com a cultura e há pelo menos dez com milho em área de várzea.
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“Os agricultores e técnicos que vieram até aqui tiveram a oportunidade de usufruir desse conhecimento e aprender sobre o que há de mais novo no que diz respeito a tecnologias sobre essas culturas”, enfatizou Hamann. Ele destaca que a rotação é de grande importância, não somente para otimizar o potencial produtivo das áreas de várzea, mas também evitar a proliferação de ervas daninhas que podem comprometer o cultivo do arroz.
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O Irga também aproveitou o evento para demonstrar a nova cultivar Irga 426 CL, uma variação da 426 comum, mas que tem maior resistência às principais doenças que acometem o grão. “Possui alta qualidade de grãos e, na parte industrial e na panela, tem atributos importantes. O ciclo é mais precoce em relação a outras cultivares e também tem alto vigor inicial, que é muito importante para o arranjo da cultura”, detalhou. Atualmente, a genética fornecida pela autarquia é responsável por mais de 60% da área plantada no Rio Grande do Sul.
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Ao comentar as expectativas para a safra atual na Região Central, Hamann informou que a última parcial demonstra cerca de 20% da área colhida. Esse número ainda é insuficiente para projetar a produtividade e analisar o cenário. Ainda assim, disse que a estiagem comprometeu a produção em algumas localidades do Vale do Rio Pardo. “É uma região onde a irrigação se dá por arroios pequenos ou rios de menor capacidade. Essa condição de falta de água provocou até mesmo a perda de algumas lavouras.”
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