No Brasil, o Dia das Mães foi criado, oficialmente, em 1932, por um decreto do então Presidente Getúlio Vargas, com comemoração estabelecida para o segundo domingo de maio de cada ano. Apesar de ser uma data bonita que cresce a cada ano, na contra mão já há quem acha que mãe não tem um papel tão especial, até porque a “mãe” pode ser um… “pai”. A escola Eleva do Rio de Janeiro, um projeto de Jorge Paulo Lemann – o homem mais rico do Brasil -, aderindo ao politicamente correto, na prática, resolveu acabar com o “Dia das Mães”. Um pai de uma aluna de 4 anos ficou revoltado ao descobrir que a pauta dessa escola colocou em lugar do Dia das Mães o Dia da Família, seja lá o que isso significa.
Alheios a essa nova visão sobre o Dia das Mães, à medida que se aproxima a data especial – a segunda melhor data do ano para o comércio varejista, ficando atrás apenas do Natal -, filhos e filhas, contando geralmente com o suporte financeiro de pais ou responsáveis, vão às compras, incentivadas, muitas vezes, por propagandas, promoções, concursos e até premiações para atrair a atenção e o desejo dos consumidores. Nada como um presente, ainda mais se for do desejo ou agrado da mãe, para tentar reconhecer e retribuir todo o carinho e dedicação que ela tem dado, de forma incondicional, ao longo da vida.
Com relação às promoções, os consumidores precisam ficar atentos aos riscos de golpes aplicados por ciber-criminosos que aparecem principalmente nessas oportunidades, oferecendo produtos com preços tentadores, às vezes até de marcas conhecidas, mas que são falsas, o que, além de prejuízos financeiros, gera uma frustração enorme.
Publicidade
Embora já existam alguns números, indicando uma tendência de recuperação da economia brasileira, pesquisas apontam que os consumidores ainda estão cautelosos em realizar compras, o que tem seu lado positivo, já que datas comemorativas facilmente levam ao maior endividamento da população. Mesmo assim, pesquisa do Ibope Inteligência apurou que 60% dos brasileiros pretendem comprar presente para o Dia das Mães, num valor médio de R$ 112.
É nessas datas especiais – pior, ainda, se for na última semana ou, até, nas últimas horas – que o risco de comprometer o orçamento pessoal ou familiar é grande. O grande perigo é querer demonstrar amor por meio de bens materiais. Até pode ser, desde que a pessoa ou a família tenham condições financeiras ou, então, planejaram antes a compra.
Nesse sentido, a psicóloga e gestora de RH, Marielle Baia, sugere seis dicas para a compra do presente da mãe: 1ª) realizar os sonhos de sua mãe: evitar comprar algo que ela não gosta ou nem esteja precisando; 2ª) respeitar o seu orçamento: juntando os irmãos, é possível dispor de um valor maior; 3ª) comprar com consciência: pesquisar preços, negociar descontos e melhores condições de pagamento; 4ª) evitar compras a prazo: o parcelamento é uma forma de endividamento; 5ª) presentear com o coração: nem sempre a mãe deseja um presente “comprado”: pode ser que ela queira mais tempo com os filhos, fazer um passeio ou ser convidada para um almoço especial; 6ª) poupar para o ano seguinte: se desta vez não for possível dar um presente de mais valor, como gostaria, prepare-se para o próximo ano, começando a juntar dinheiro para a finalidade, desde agora.
Publicidade
Assim, o que era para ser uma homenagem pode acabar levando os consumidores ao descontrole financeiro, com sérias consequências pessoais ou familiares. Nenhuma mãe vai ficar feliz se souber que o presente comprometeu vários meses da renda da própria família com o pagamento de prestações. Definitivamente, o Dia das Mães não pode ser sinônimo de dívidas
Mães não são todas iguais. Não só no aspecto físico – nem todas são assim como exibem os comerciais da tv -, mas também nos presentes que gostariam de receber – algumas, nem querem – ou na forma como desempenham sua missão de geradoras de vidas. Existem as tradicionais, as que exercem atividades profissionais e/ou de voluntariado, as políticas, as duronas, as boazinhas, as que transmitem princípios e valores ou várias dessas características juntas, todas, de alguma forma, conectadas com as novas tecnologias; infelizmente, tem, também, aquelas que, com seus maus exemplos de vida, ensinam a desrespeitar pessoas, não fazer o que pregam em igrejas, quebrar compromissos, roubar e até matar. Não importa a idade, a atividade, a situação sócio-econômica, o abandono ou até a rejeição. Uma vez mãe, sempre mãe, e cabe aos filhos, pelo menos nesse dia especial, levar a sua mãe o abraço e o beijo de bons filhos. Ou, então, se ela não estiver mais neste plano, dedicar-lhe uma oração ou um momento de reflexão para agradecer tudo de bom que ela fez.
Publicidade
This website uses cookies.